terça-feira, junho 20, 2006

Aprender

Encontrei este texto por acaso enquanto procurava por outras coisas. Está muito bom. Partilho das suas ideias e por isso, partilho-o convosco.

Aprender ...

"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos, presentes não são promessas
E não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida.
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida, são tiradas de ti muito depressa; por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vemos.
Aprendes que paciência requer muita prática.
Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém.
Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em, algum momento, condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes.
E, finalmente, aprendes que o tempo, não é algo que possa voltar para trás.

PORTANTO, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores...
E percebes que realmente podes suportar...
que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida!
E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!"

18 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns Brain, pela escolha deste texto!
É muito bonito e faz-nos parar um pouco e pensar...
Papoila: um beijinho!
Bom dia para todos!

Anónimo disse...

oi, bom dia.

obrigada arcoiris. outro.

já conhecia este texto. engraçado como somos capazes de relembrar textos, histórias, filmes que lemos/vimos há "séculos" atrás, lendo uma simples frase ou vendo poucos segundos do filme.

porque será que este nosso belo e engenhoso cerebro não funciona sempre assim? bastariam segundos para me lembrar:
- calma já tiveste esta discussão!
volta a trás!
- calma, já magoaste essa pessoa dizendo isso. cala-te, acalam-te!

- etc, etc,...

seria tudo muito menos doloroso.

beijocas para todos

Anónimo disse...

… E aprendes que o que era certo há tão pouco tempo, pode ser arrasado pelo temporal repentino, e descobres-te agarrado a um fino cabo que te liga à margem e evita fragilmente que desapareces no mar do esquecimento;
E se há verdade, não é a tua; e se há luz, não é para te iluminar, é para te ofuscar;
Mas descobres que nada é eterno. E se chocas com o fundo do poço, logo aparece um elevador mágico que traz ao topo do maior pedestal; E se gritas para dentro do túnel, desencorajado, recebes resposta do eco: ouve-te a ti mesmo e aí encontras as palavras do primeiro pedagogo.

Brain disse...

RdV: Esperando não estar a cometer nenhuma inconfidência, segui a tua sugestão e procurei "vestíbulo do SER".
Encontrei um blog "galga_coirelas.blogs.sapo.pt" (no qual não consigo entrar devido ao underscore, vou ter de martelar um bocadinho as definições da minha firewall), que por acaso, é o link no registo do "Andarilhus".
Isto significa o quê?
Um blog, feito por duas pessoas?
Ou uma pessoa a escrever como duas?
Um "descuido"?

Como disse, ainda não vi o blog porque não consegui entrar nele. Mas... vou tentar...

Um abraço.

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

E por vezes descobrimos que as pessoas que amamos também têm defeitos, e talvez nos defeitos dos outros possas ver o reflexo dos teus.
E descobres que ainda existem pessoas dispostas a dar de coração limpo, quando a desconfiança reina no teu peito.
E descobres que o Sol que lá fora brilha para os outros também pode brilhar para ti.
Descobres que as palavras que hoje proferiste a alguém, amanhã podem voltar-se contra ti, e que o amor e os sorrisos que em ti guardas só fazem sentido se praticados.

Anónimo disse...

Por vezes, temos tanto para dizer e tão poucas "pessoas" para o fazer em tempo útil. Sim, "somos" o mesmo. Para acertar o "descuido", enterro em serenidade a Rosa dos Ventos e integro o Andarilhus também aqui, uma vez que o espalho por muitos sítios. Perdoem esta pobre cabeça rosada de ventos...
Penso que o Galga-Coirelas já não sofre do problema que relataste…
Abraço e fortuna

Anónimo disse...

Boa tarde!
Brain,tu és realmente atento :)
O teu texto é interessante e muito encaixado na sequência das nossas palavras dos últimos tempos.
Papoila,eu continuo a admirar a tua forma de reagir.Ainda falta aquela parte de estares na "prioridade"!Mas,parabéns porque estas a mudar,a caminhar para TI.Bj miguita.
Arcoiris,quantas vezes,reduziste a s cores e as intensidades?E existes,e és beleza.
Olha o arcoiris!Mas nem todos o "tocam"!
Putty Cat,és a nina mais enigmática deste grupo de amigos.
Não te consigo entender,desculpa o comentário.
Tão lúcida no levantamento das coisas ,e tão complicada no chegar a elas.
Penso que seras uma nina,com menos anos que eu,e arrastas uma tristeza profunda,que parece algo a acorrentar-te.
Será que consigo entender isso com uma ajudita tua?Ou és assim e pronto?Dizes a ..."que as pessoas que amamos também têm defeitos".
Nós pensamos tanto e tão mal!
Partimos do principio que só gostamos de coisas "boas",e que as nossas escolhas são perfeitas.
E depois...,claro gostar de alguém e aprender a gostar das suas falhas,daria uma intrepertação diferente!
Afinal APRENDER!
Esta "escola",será todos os dias.Tenhamos vontade de evoluir nessa aprendizagem!
O Gorki,não "fugiu",está de férias.

Anónimo disse...

Putty:
… temos a tendência de encimar as pessoas que amamos com a tiara da Perfeição. Só por isso maior é o embate quando somos confrontados com a presença daquilo que consideramos defeitos, naqueles. A primeira reacção é ignorar, para depois permitir que a corrosão da dúvida exacerbe essa evidência. Duplo defeito nosso, o de vaguearmos nos extremos do mesmo sentimento e o de cometer esse erro vezes sem conta, sem aprender alguma coisa com a experiência. E eu, falo e falo, mas padeço da mesma enfermidade.
O maior problema é que esta demanda pelo perfeito e razão do imperfeito afasta-nos do essencial e consome o nosso tempo e a nossa felicidade.

Brain disse...

RdV/Andarilhus:
Eu aceito pacificamente e compreendo perfeitamente a existência de "múltiplos".
Não me interpretes mal.
Se assim fosse, como explicaríamos todos os seus Heterônimos Pessoanos?
E por mim, podes continuar da forma que mais te agradar.

PS: Continuo com problemas em aceder ao teu blog.

Anónimo disse...

oi.
putty, gostei do que escreveste.
vou contar-te outro meu segredo: eu, até há bem pouco tempo, pensava que os principes encantados existiam. tola, né?!
vivi assim tantos anos, sem aceitar que os principes encantados não existem. todos têm e todos temos defeitos...

o mais incrível é que eu pensava para comigo: "será que o amo?" não, não amo. é impossivel! eu não gosto disto e disto nele, por isso não é possivel que isto seja amor..." tsssssss

uma vida atrás de um principe encantado... tive-o e não o reconheci..

agora a título de brincadeira, e os meninos que não me levem a mal, mas conheço uma pessoa super interessante que diz: principes!!! não!principes não existem. São todos sapos! todos sapos, que por vezes se passam a cagados...

espero um dia conhecer o meu sapo, com todos os seus defeitos e virtudes, e juntos, tranforma-lo no meu principe encantado.

temos que seguir a sequência da história: primeiro sapo e só depois principe...

beijos para todos. tou de saída

Brain disse...

Papoila:

Comentário fabuloso este teu!
Tenho de dar toda a razão à Flôr. Estás cada vez melhor!

Agora aqui entre nós, que ninguém nos ouve: "Se calhar estás enganada numa coisa. Se calhar não tiveste nada o principe a teu lado! Se calhar, nunca passou da fase de sapo, e quiçá, não estaria já em cágado" Mas isto... isto sou eu a falar!

Inconfidência (sorry): Carregas em ti o peso dos acontecimentos! ERRADO! TENS DE PASSAR ISSO Á FRENTE!

Uma relação a dois, é feita pelos dois. Se estiver a sê-lo apenas por um, está errada! Por isso, a responsabilidade pelos acontecimentos, não é nunca apenas de um!
E mais te digo: pelo que sei de ti e do anterior "vós", não me parece de todo, que a maior "culpa", esteja do teu lado.
Se calhar, a culpa é simplesmente da falta do diálogo, da "uma vida vivida em duas".

Temos de ter presente que uma relação é construida de diversas "fases", entre as quais se destacam alguns "momentos".
Temos de saber, enquanto elementos unitários de uma relação, aferir que determinados momentos são mais propícios ao "nós" do que outros.
Temos de o saber e de o encarar como normal.
E só assim, é possível manter uma estabilidade comum.
Sem isso, não é possível.

Só somos o principe (ou princesa) se "soubermos estar" ao lado do outro. Se o momento é de maior fragilidade para um, o outro tem de o compensar e vice-versa.

Agora deixa-me dizer-te:
Tu não estiveste desatenta.
Tu não estiveste ausente.
Tu não estiveste "fora".
Tu estiveste "simplesmente" a ser Mãe! E se o pai, não soube avaliar, não soube acompanhar, se de alguma forma se sentiu deficitário e ao invés de te fazer sentir isso, procurou colmatá-lo de uma outra qualquer forma, então minha querida, ELE é que esteve errado.

Desculpa a inconfidência, mas essa é a minha opinião, como marido, como pai que sou e como Amigo que de "certa forma" me sinto cada vez mais de ti (através deste espaço e não só), conhecedor da "tua realidade".

Por isso, o que te digo, sem qualquer tipo de lirismos (concordei contigo no teu comentário da semana passada): Tens de esquecer essa questão (embora com a convivência forçada isso seja muito difícil, eu sei) virar a página, passar à frente.
Mas isso, primeiro tem de ocorrer no teu interior, no teu íntimo, para depois ser exteriorizado, sem isso...

Mas com a evolução que tens tido, acho que já não deverá faltar "muito".

Beijo.

Brain disse...

Papoila,

Se me enganei quanto ao principe a que te referias, fica válido o meu comentário, quanto aos acontecimentos.

Beijo (reforçado)

Anónimo disse...

oi bom dia.
sim brain enganaste-te quanto ao principe... mas fartei-me de rir à gargalhada com o tua relação principe - sapo - cagado...

concordo em parte com o que tu disseste. primeiro há que falar, dizer o que se está a passar, o que se está a sentir e, infelizmente, isso não aconteceu...

mas mudando de assunto espero um dia que os meus actos se adequem e venham a ter a evolução que as minhas palavras possam estar a traduzir.

teoria tenho muita, aplicá-la é que é dificil.

beijos

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Bom Dia

Hoje aprendi, que o diálogo às vezes prejudica mais do que o silêncio, sobretudo quando os principes tendem a querer ser sapos em vez do contrário.
No entanto, as princesas também podem sofrer metamorfoses...
E hoje, logo a começar o dia, tive que acordar a gata selvagem que em mim dorme.
Não foi bom, mas em tempos de sapos não são as princesas que respondem "à letra".
E eu que até ando (ou andava) a tentar ser uma princezinha....

Agora para ti papoila:
Cada vez me convenço mais que principes só mesmo nas novelas.
Qto a isto, vou postar um excerto de um post meu que fiz há tempos...

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Ok, em vez do excerto, vou colocar o texto todo (Desculpem a extensão):

A Difícil Empreitada que é o Coração

Há empreitadas difíceis! Aquelas que precisam de licenças e licenciamentos, projectos e projectistas, engenheiros e arquitectos.
Contraem-se créditos e compram-se terrenos. Iniciam-se infra-estruturas e erguem-se gigantescos pilares de betão. Dos tijolos fazem-se paredes e de telhas os telhados.
Há empreitadas que movimentam céus e terra para serem erguidas. E assim vai crescendo um arranha-céus, feito dos melhores materiais e com acabamentos de luxo.
Mas há empreitadas que afinal, não chegam a ser finalizadas. A obra embarga, o construtor abre falência, e a empreitada fica difícil de concluir. Mais ninguém quer acabar algo que outros começaram e não quiseram terminar. Assim, ali repousa um arranha-céus gigantesco e pomposo, que nada tem a não ser uma carcaça exuberante mas oca por dentro. Tem átrios ladrilhados, madeiras maciças e exóticas mas ninguém que lá queira morar. Está vazio, reduzido a abrigo para os bichos e almas que deambulam na noite.
Assim, são construídos os corações fúteis e egoístas. Bonitos por fora e vazios por dentro, vivem de aparências. No entanto, são tão vulneráveis e susceptíveis como qualquer outro coração.

Outras empreitadas há bem mais simples de levar a cabo. Não são necessários arquitectos nem projectos. Basta uma grande vontade dentro do peito e mãos dispostas a trabalhar.
Invade-se um pequeno terreno baldio, arrancam-se as silvas e ervas daninhas que teimam em nascer por todo o lado e ali se constrói uma espécie de contentor com duas aberturas: uma janela para deixar entrar os raios de sol e luar e uma porta para deixar entrar quem queremos e deixar sair quem já deu o que tinha a dar.
Ali se faz um lar de aconchegos e sentimentos, num espaço exíguo e ao mesmo tempo tão grande, onde todos cabem se houver boa vontade. E se para dormir não temos mais que um fardo de palha para partilhar, não faz mal! O calor de quem lá mora é suficiente para termos o conforto e o calor que necessitamos. E dormimos bem, em paz e com um sorriso tranquilizador, de quem nada teme, mesmo debaixo dessa estrutura que, parecendo tão frágil, é bem mais resistente que tijolos e cimento.
Assim nascem os corações puros e desinteressados. Não precisam de ser bonitos aos olhos dos outros! Isso não interessa! São cheios por dentro! Têm alicerces de sonhos antigos, e a vontade de se erguerem e de permanecerem de pé, é do tamanho do amor que albergam. É isso que os alimenta. Afinal, esse contentor que tanto contém, é um pequeno reino de Amor e Alento. Tem calor, afectos, sorrisos verdadeiros e braços sempre abertos, dispostos a dar mais, sempre mais!

E depois existem aqueles terrenos com placa “Vende-se” que ninguém quer ocupar.
Passam anos e anos e nada. Ali continuam, sujeitos às ervas daninhas e às silvas, ao vento e à chuva, ao desgaste do tempo.
Mudam-lhe a placa: “Vende-se pela melhor oferta. Urgente”, em sinal de desespero. É mais um terreno, afinal, como tantos outros, sujeito à sua sorte. Aguarda ocupação e alicerces seguros que não cedam. Gostavam tanto de albergar um pequeno reino e construir um pequeno castelo para dar as boas-vindas e o conforto necessário a um possível príncipe encantado disposto a habitá-lo.
Assim nascem os corações promissores e ingénuos. Só esperam ter alguém disposto a receber, o tanto que têm para dar. Não conhecem maldades nem egoísmos. Vivem no mundo dos sonhos e das ilusões. São altruístas!
Muitas vezes, estes corações são atraiçoados pela ansiedade de partilhar. Correm o risco de saírem magoados, porque, cansados de esperar por alguém que tarda, entregam-se a um qualquer ocupante, disfarçado de príncipe encantado.
O Reino que esperavam construir, resulta em poeira de desilusão. O Castelo erguido no ar e feito de promessas desfaz-se como um baralho de cartas, e o príncipe, depois de lhe provar um beijo, vira sapo.

E tu, já sabes a que empreitada pertences?

Anónimo disse...

Bom dia a todos.
O reconhecimento das nossas fraquezas e limitações é a alavanca primeira para a mudança. E se a vontade comandar a razão a mudança concretiza-se, com maior ou menor dificuldade.
A vida é limitada. Se não estamos bem com a nossa situação, com a nossa pessoa, recomenda-se a metamorfose da crisálida para a borboleta. A intensidade da descoberta de um novo mundo compensa largamente uma eventual efemeridade.
É necessário muita coragem para cortarmos os braços fortes das silvas que nos amarram; é necessário muita perseverança para nos levantarmos da modorra com que o conformismo nos acalma em inércia as águas que vão lentamente fervendo dentro de nós. Resistir às forças que nos bloqueiam e não desistir daquilo que sabemos que é o melhor para nós. E como sabemos o que é melhor para nós? Começamos por identificar o que nos causa o mal-estar, a dor; tomam-se medidas para o seu expurgo; ficamos com um terreno, talvez vazio, mas limpo e disponível para semear a nossa melhor safra. Cultiva o teu campo... Papoila.
Encontrem-se e logo saberão o que são.

Brain disse...

Bom dia Putty:

Já deves saber desta minha opinião, mas de qualquer forma, não quero deixar de a expressar:

O diálogo, NUNCA prejudica mais que o silêncio! Quando assim fôr, não é diálogo, são 2 monólogos!

E então, cabe-nos a cada um de nós, identificar essa situação e revertê-la para um diálogo, propriamente dito.

Bj.

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Quando falas com pedras, elas respondem-te?
Ou apenas ouves o eco da tua voz?