segunda-feira, outubro 02, 2006

Como Sou

Por vezes escondo-me atrás das palavras,
Outras, escudo-me atrás do silêncio,
Mas sempre,
Sempre me mostro quando me dou,
Na forma e no quanto para os outros sou.

E nesta “dádiva” de amor feito,
Eu surjo aos outros como perfeito,
Mas nenhum ser,
De cérebro escorreito,
Se pode considerar assim,
Como um ser perfeito.

E o que eu penso saber fazer,
Que dos restantes me faz diferenciar,
É antes de alguma coisa dizer,
Recorrer à arte do bem pensar.

E desta forma tão linear,
A de recorrer ao meu pensamento,
Acabo quase sempre por ter,
Algo a dizer, para o momento.

E triste é o ser,
Que procura algo dizer,
Mas a boca abre e nada sai,
Porque até mesmo o seu pensamento,
Ele não sabe por onde vai.

Mas por vezes é assim,
Dias há,
Em que não sei nada de mim,
Procuro,
Procuro sob todas as formas,
E em todo e qualquer lugar,
Mas nem assim,
Nem assim,
Eu me consigo encontrar.

Dias de névoa,
De tempo escuro,
De humidade, chuva,
E vazio interior,
Nos quais não me vejo nem a mim,
Quanto mais a esse amor.

Seja ao menos sempre possível,
Manter a seguro dentro mim,
Ainda que de forma não visível,
(a capacidade e a vontade),
De me manter sempre assim,
Simplesmente como sou!

10 comentários:

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

E quem não gostar de ti, não gostará de mais ninguém.

Dentro da imperfeição humana, para mim, és um amigo perfeito.

Beijo Grande para ti.

Anónimo disse...

...Cada um é como é, mais simples ou mais complexo de personalidade, de pensar. E dificilmente somos estáveis, lineares. Porque vivemos em reacção aos impulsos do mundo externo e do seu reflexo no nosso interior, temos de aceitar (Tolerar) a mutação, a alteração na pessoa.
A mim, se num momento me resguardo no silêncio assustador, também me encontram - embora raras vezes - no outro extremo, em que me apetece praguejar com o mundo, com a vida. Não atento contra ninguém individualmente, grito contra a condição das coisas...
Assim, Brain e generalizando, depois de muitas vivências, realmente uma das principais conclusões è aquela que nos diz para sermos aquilo que tão simplesmente somos, sem adornos...
Basta dizer, então: SÊ, naturalmente SÊ...
"(º0º)"

Anónimo disse...

Bom dia

"Como Sou", gostei muito... e sinceramente desejo que continues, simplemente como és, ADMIRÁVEL.

Beijinhos

Anónimo disse...

Brain,és fantástico!
Beijos a todos

Anónimo disse...

Impulsividade é uma palavra que não deve haver no teu dicionário. Ou existe?

Brain disse...

Olá Papoila...

Impulsividade... pouca. Apenas para as "maluqueiras" (entenda-se por maluqueiras as palhaçadas, brincadeiras, etc) para isso tenho MUITA impulsividade, para o restante, para as "questões de vida"... prefiro não!

Mas atenção, isto é válido para aquilo que a mim apenas se restringe.
Porque se alguém me solicita algo, a impulsividade é imediata e constante.

Mas com isto, não se imagine uma pessoa que demora dias ou até horas a tomar decisões. Os pensamentos em mim, por força do hábito, ocorrem a uma velocidade "vertiginosa". Mas tudo é considerado, de facto.

Gostei da questão.

Beijo.

Brain disse...

Putty, Divina, Flor, o meu obrigado. Beijo.

Andarilhus, pela tua descrição, estou de acordo contigo: simplesmente ser.
Abraço.

Brain's Wife disse...


Simplesmente como és!

E lembra-te, como tu próprio o disseste:

"O mais importante,
É que cada um de nós,
Consiga ser,
O seu próprio,
Raio de Luz."

Brain disse...

Kitty,

Isso foi mesmo ir "buscar ao fundo do baú". :)

Mas tens toda a razão e eu faço sempre por conseguir isso.

Beijo

Anónimo disse...

Bom dia,

Grande silêncio por aqui...Será da chuva?

Beijinhos