sábado, outubro 08, 2016

OFERTA

Minha mão escreve o teu nome. Nomeia-te à boca da caneta. Nos dedos trémulos. Que te conhecem. Que levam o teu nome para dentro de mim. Onde habitam os ecos de ti.

Contigo aprendi que a distância não importa. Não a distância física, que os pés anulam. Mas a distância tempo. O tempo que perece à mão da palavra. E que nos ensina. Que a palavra é veículo. Motor. Morte. Espinhos. Rosas ou sorrisos. Asa de gaivota. Maresia. É tudo o que quisermos. Tudo o que formos capazes.

Da palavra fazemos mundo. E o mundo faz-nos breves. Mas não em nós. Não em ti, nem em mim. Não naquilo que somos. Porque eu sou-te em muitas palavras. Porque eu quero-te minha noutras tantas. E para isso as folhas em branco. Que te ofereço. Para as tuas. Para que depois as faças minhas. No amor das coisas.

Fico à espera.

3 comentários:

lua perdida disse...

gostei!

Anónimo disse...

Maio 2013
.
.
.
Abril 2016

Back?

=^.^=

Brain disse...

Obrigado lua perdida!
Back in deed dear Cat.