Um dia sonhei…
Sonhei que a amizade era mais forte que tudo,
E que com o dar, teria o mesmo receber.
Sonhei que no amor, a plenitude era o necessário,
E que o silêncio, por vezes, seria mais que as palavras.
Sonhei que a felicidade dependia apenas de cada um,
E que cada um de nós poderia fazer a diferença.
Sonhei que o mundo era feito de relações,
E que estas, eram mais importantes que tudo o resto.
Sonhei que o gostar e o amar,
Eram mais fortes que o exigir e o desconfiar.
Sonhei que fazer a felicidade dos outros,
Era construir a nossa própria felicidade.
Sonhei que o dar o máximo de nós,
Seria o “suficiente” para quem recebe.
Sonhei tantas coisas,
Nas quais por tanto acreditar,
Fundeei a minha forma de estar e de ser,
Para com os outros,
Para comigo mesmo.
Sonhei,
E um dia… Acordei!
E desde então,
Não mais parei de sonhar e acordar,
Num acto contínuo e quase automático,
O que,
Na sua essência,
Até me satisfaz,
Porque pelo menos,
Pelo menos,
Não perdi
A capacidade de sonhar!
Num "mundo de loucos", em que as relações interpessoais muitas vezes nos "passam ao lado", vamos, com base nas nossas vivências e alguma imaginação à mistura, fazer deste cantinho um centro de reflexão e de diversão.
quinta-feira, abril 27, 2006
quarta-feira, abril 26, 2006
Medos e Vontades
Quando somos pequenos,
Os medos comandam muitos dos nossos actos e pensamentos.
À medida que crescemos,
Aprendemos a superar esses medos,
Muitas vezes refugiando-nos.
Uns si próprios,
Outros em terceiros.
Vivendo uma vida adulta,
Torna-se necessário tomar decisões,
Fazer opções,
Algumas delas com uma grande base de dúvida,
Alturas em que,
Voltam a ter influência,
E lutam pela primazia,
As nossas vontades
E os nossos medos.
Por vezes,
Os medos são superiores às vontades,
Outras porém,
As vontades fazem-nos “ignorar” os medos.
Para alguns de nós,
Este é um acto constante.
Para alguns de nós,
Os medos são sempre superiores.
Para alguns de nós,
As vontades superam-nos sempre.
Depois há os que ousam!
Os que ousam avançar
Mesmo tendo o medo como factor dominante.
E eu penso que isto,
É o que realmente importa.
Que sendo os medos superiores às vontades,
Ousemos avançar,
Ousemos fazer frente à escuridão do medo,
Ousemos fazer luz do mais negro dos receios,
Ousemos não deixar,
Que o medo,
Predomine nas nossas decisões,
Domine as nossas vontades.
Ousemos caminhar na luz,
Mesmo que existam pontos menos iluminados,
Porque só assim,
Só desta forma,
Conseguiremos ser livres!
Porque só assim,
Só desta forma,
Conseguiremos ser felizes!
E tu? Em ti o que (pre)domina?
Os medos ou as vontades?
Os medos comandam muitos dos nossos actos e pensamentos.
À medida que crescemos,
Aprendemos a superar esses medos,
Muitas vezes refugiando-nos.
Uns si próprios,
Outros em terceiros.
Vivendo uma vida adulta,
Torna-se necessário tomar decisões,
Fazer opções,
Algumas delas com uma grande base de dúvida,
Alturas em que,
Voltam a ter influência,
E lutam pela primazia,
As nossas vontades
E os nossos medos.
Por vezes,
Os medos são superiores às vontades,
Outras porém,
As vontades fazem-nos “ignorar” os medos.
Para alguns de nós,
Este é um acto constante.
Para alguns de nós,
Os medos são sempre superiores.
Para alguns de nós,
As vontades superam-nos sempre.
Depois há os que ousam!
Os que ousam avançar
Mesmo tendo o medo como factor dominante.
E eu penso que isto,
É o que realmente importa.
Que sendo os medos superiores às vontades,
Ousemos avançar,
Ousemos fazer frente à escuridão do medo,
Ousemos fazer luz do mais negro dos receios,
Ousemos não deixar,
Que o medo,
Predomine nas nossas decisões,
Domine as nossas vontades.
Ousemos caminhar na luz,
Mesmo que existam pontos menos iluminados,
Porque só assim,
Só desta forma,
Conseguiremos ser livres!
Porque só assim,
Só desta forma,
Conseguiremos ser felizes!
E tu? Em ti o que (pre)domina?
Os medos ou as vontades?
sexta-feira, abril 21, 2006
Love is...
Algo que trouxe de uma viagem aos EUA no ano 2000.
"Love is life´s most precious gift.
It sometimes comes as a complete surprise
Filling the heart with overwhelming joy and happiness
Love is selfless and giving
All inspiring with its’ passion
And generous with its’ spirit.
Love has no limits.
Its’ all forgiving and all demanding.
Love is magical and eternal."
E também algo português:
O Amor
Vida, é o amor existencial
Razão, é o amor que pondera
Estudo, é o amor que analisa
Ciência, é o amor que investiga
Filosofia, é o amor que pensa
Religião, é o amor que busca Deus
Verdade, é o amor que se eterniza
Ideal, é o amor que se eleva
Fé, é o amor que se transcende
Esperança, é o amor que sonha
Caridade, é o amor que auxilia
Fraternidade, é o amor que se expande
Sacrifício, é o amor que se esforça
Renúncia, é o amor que se depura
Simpatia, é o amor que sorri
Trabalho, é o amor que constrói
Indiferença, é o amor que se esconde
Desespero, é o amor que se desgoverna
Paixão, é o amor que se desequilibra
Ciúme, é o amor que se desvaira
Orgulho, é o amor que enlouquece
Finalmente, o Ódio, que julgas ser a antítese do Amor,
Não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente
Por: Francisco Cândido Xavier
"Love is life´s most precious gift.
It sometimes comes as a complete surprise
Filling the heart with overwhelming joy and happiness
Love is selfless and giving
All inspiring with its’ passion
And generous with its’ spirit.
Love has no limits.
Its’ all forgiving and all demanding.
Love is magical and eternal."
E também algo português:
O Amor
Vida, é o amor existencial
Razão, é o amor que pondera
Estudo, é o amor que analisa
Ciência, é o amor que investiga
Filosofia, é o amor que pensa
Religião, é o amor que busca Deus
Verdade, é o amor que se eterniza
Ideal, é o amor que se eleva
Fé, é o amor que se transcende
Esperança, é o amor que sonha
Caridade, é o amor que auxilia
Fraternidade, é o amor que se expande
Sacrifício, é o amor que se esforça
Renúncia, é o amor que se depura
Simpatia, é o amor que sorri
Trabalho, é o amor que constrói
Indiferença, é o amor que se esconde
Desespero, é o amor que se desgoverna
Paixão, é o amor que se desequilibra
Ciúme, é o amor que se desvaira
Orgulho, é o amor que enlouquece
Finalmente, o Ódio, que julgas ser a antítese do Amor,
Não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente
Por: Francisco Cândido Xavier
quarta-feira, abril 19, 2006
The Sound of Silence
Sometimes... "just" sometimes... it becomes again!
The Sound of Silence
Hello darkness, my old friend,
I've come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence.
In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone,
'Neath the halo of a street lamp,
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence.
And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one deared
Disturb the sound of silence.
"Fools" said I,"You do not know
Silence like a cancer grows.
Hear my words that I might teach you,
Take my arms that I might reach you."
But my words like silent raindrops fell,
And echoed
In the wells of silence
And the people bowed and prayed
To the neon god they made.
And the sign flashed out its warning,
In the words that it was forming.
And the signs said, The words of the prophets
are written on the subway walls
And tenement halls.
And whisper'd in the sounds of silence.
by: Simon & Garfunkel (1966)
The Sound of Silence
Hello darkness, my old friend,
I've come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence.
In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone,
'Neath the halo of a street lamp,
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence.
And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one deared
Disturb the sound of silence.
"Fools" said I,"You do not know
Silence like a cancer grows.
Hear my words that I might teach you,
Take my arms that I might reach you."
But my words like silent raindrops fell,
And echoed
In the wells of silence
And the people bowed and prayed
To the neon god they made.
And the sign flashed out its warning,
In the words that it was forming.
And the signs said, The words of the prophets
are written on the subway walls
And tenement halls.
And whisper'd in the sounds of silence.
by: Simon & Garfunkel (1966)
terça-feira, abril 18, 2006
Curtas (1)
Há 3 segundos que olhava para aquelas teclas do piano que as suas mãos dedilhavam, sem conseguir perceber.
Que música era aquela que estava a tocar, que não conhecia, mas que tão agradável e naturalmente estava a sair?
- Chamaste? (perguntou uma voz grave, femininamente grave, quase num sussurro)
Levantou os olhos do teclado do piano de cauda que fazia 2 anos tocava naquele bar, daquele hotel à beira mar. Levantou os olhos quase num sobressalto e vislumbrou-a, linda, quase perfeita, encostada ao piano com o copo na mão e o corpo embalado ao som da música – daquela música.
- Desculpa?
- Perguntei se chamaste!
- Eu?
- Sim... com essa música!
Não estava a perceber.
Quem era aquela mulher que nunca vira antes por ali?
Quem era aquela mulher que até uns instantes antes não tinha visto pelo bar?
Como apareceu ali tão repentinamente?
- Com esta música? Mas eu nem sei que música é esta! Estava precisamente a tentar descobrir isso!
- Não percas tempo! Essa, é a nossa música!
- Nossa? Nossa de quem?
- Minha e tua e de todos os que amam.
- Mas, eu nem te conheço!
- Conheces sim! Senão, como estarias a tocar essa música?
Desviou o olhar novamente para o teclado, à procura de algo que lhe indicasse que música era aquela, algo que lhe desse algum indício de como e porquê, continuava a tocar com tanta naturalidade aquela música que lhe sendo completamente desconhecida, lhe soava a tão familiar.
Não conseguiu! Nada lhe dava a justificação para o que estava a acontecer.
Confuso, levantou de novo os olhos para a mulher, que… já lá não estava, apenas o copo ficara.
Instintivamente olhou para praia e viu o seu vulto, que caminhando em direcção ao mar, entrou pela água, sempre caminhando, até que, desapareceu por completo coberto pela água.
Chamou o empregado e perguntou-lhe se conhecia a mulher que havia estado ali a conversar com ele.
- Mulher? Que mulher? Não vi mulher nenhuma!
Ficou ainda mais baralhado. Tão baralhado, que parou de tocar.
Quis recomeçar, mas não sabia como. Não sabia que música era, não a conhecia.
Terá sido uma alucinação? Terá sido um “sonho”? Mas como é que é possível? Ele continuava ali, onde estava desde a hora do jantar.
Vasculhou o seu livro de pautas, tentando encontrar aquela música, mas em vão.
Não sabia o nome, não sabia o autor, vendo bem… já nem sabia como era!
Enquanto se encaminhava para o carro, teve um impulso de ir até à praia, ao local onde a avistara a entrar no mar. E encontrou, desde a varanda do hotel, um caminho de pegadas feito, que entravam no mar.
Cada vez mais confuso e incrédulo com o que lhe estava a acontecer, entrou no seu carro, rebateu a capota para trás e rolou em direcção a casa, com a brisa marítima a povoar-lhe os sentidos e sentindo em todo o seu corpo, novamente, a presença daquela mulher. Parou. Parou virado para o mar e sentiu a crescer em si, o desejo de, também ele, entrar naquele mar, naquele banho de sensações e vontades que não paravam de aumentar. Não resistiu e tirando apenas os sapatos, foi isso mesmo que fez.
Quando estava já completamente rodeado pela água, por um instante, apenas um instante, fechou os olhos e deixando-se levar pela sensação de plenitude que todo aquele mar lhe provocava, deitou-se de costas, ficando a flutuar.
Quando os abriu, viu, a seu lado, aquela mulher!
A seu lado, ali, na cama.
E aquela mulher, de mistério feita, tão bela, tão perfeita, era a sua, companheira “de sempre”, que tão bem conhecia, mas que há muito, não “via”!
Não teria tudo passado de um sonho?
Não interessava, tinha “reencontrado” o seu amor, tinha-se reencontrado de novo com a vida, e isso, bastava-lhe.
Beijou-a com um sentimento até então, ele próprio adormecido e abraçando-a, de novo caminhou em direcção à terra dos sonhos, onde tudo é possível, até mesmo, reencontrar o amor!
Que música era aquela que estava a tocar, que não conhecia, mas que tão agradável e naturalmente estava a sair?
- Chamaste? (perguntou uma voz grave, femininamente grave, quase num sussurro)
Levantou os olhos do teclado do piano de cauda que fazia 2 anos tocava naquele bar, daquele hotel à beira mar. Levantou os olhos quase num sobressalto e vislumbrou-a, linda, quase perfeita, encostada ao piano com o copo na mão e o corpo embalado ao som da música – daquela música.
- Desculpa?
- Perguntei se chamaste!
- Eu?
- Sim... com essa música!
Não estava a perceber.
Quem era aquela mulher que nunca vira antes por ali?
Quem era aquela mulher que até uns instantes antes não tinha visto pelo bar?
Como apareceu ali tão repentinamente?
- Com esta música? Mas eu nem sei que música é esta! Estava precisamente a tentar descobrir isso!
- Não percas tempo! Essa, é a nossa música!
- Nossa? Nossa de quem?
- Minha e tua e de todos os que amam.
- Mas, eu nem te conheço!
- Conheces sim! Senão, como estarias a tocar essa música?
Desviou o olhar novamente para o teclado, à procura de algo que lhe indicasse que música era aquela, algo que lhe desse algum indício de como e porquê, continuava a tocar com tanta naturalidade aquela música que lhe sendo completamente desconhecida, lhe soava a tão familiar.
Não conseguiu! Nada lhe dava a justificação para o que estava a acontecer.
Confuso, levantou de novo os olhos para a mulher, que… já lá não estava, apenas o copo ficara.
Instintivamente olhou para praia e viu o seu vulto, que caminhando em direcção ao mar, entrou pela água, sempre caminhando, até que, desapareceu por completo coberto pela água.
Chamou o empregado e perguntou-lhe se conhecia a mulher que havia estado ali a conversar com ele.
- Mulher? Que mulher? Não vi mulher nenhuma!
Ficou ainda mais baralhado. Tão baralhado, que parou de tocar.
Quis recomeçar, mas não sabia como. Não sabia que música era, não a conhecia.
Terá sido uma alucinação? Terá sido um “sonho”? Mas como é que é possível? Ele continuava ali, onde estava desde a hora do jantar.
Vasculhou o seu livro de pautas, tentando encontrar aquela música, mas em vão.
Não sabia o nome, não sabia o autor, vendo bem… já nem sabia como era!
Enquanto se encaminhava para o carro, teve um impulso de ir até à praia, ao local onde a avistara a entrar no mar. E encontrou, desde a varanda do hotel, um caminho de pegadas feito, que entravam no mar.
Cada vez mais confuso e incrédulo com o que lhe estava a acontecer, entrou no seu carro, rebateu a capota para trás e rolou em direcção a casa, com a brisa marítima a povoar-lhe os sentidos e sentindo em todo o seu corpo, novamente, a presença daquela mulher. Parou. Parou virado para o mar e sentiu a crescer em si, o desejo de, também ele, entrar naquele mar, naquele banho de sensações e vontades que não paravam de aumentar. Não resistiu e tirando apenas os sapatos, foi isso mesmo que fez.
Quando estava já completamente rodeado pela água, por um instante, apenas um instante, fechou os olhos e deixando-se levar pela sensação de plenitude que todo aquele mar lhe provocava, deitou-se de costas, ficando a flutuar.
Quando os abriu, viu, a seu lado, aquela mulher!
A seu lado, ali, na cama.
E aquela mulher, de mistério feita, tão bela, tão perfeita, era a sua, companheira “de sempre”, que tão bem conhecia, mas que há muito, não “via”!
Não teria tudo passado de um sonho?
Não interessava, tinha “reencontrado” o seu amor, tinha-se reencontrado de novo com a vida, e isso, bastava-lhe.
Beijou-a com um sentimento até então, ele próprio adormecido e abraçando-a, de novo caminhou em direcção à terra dos sonhos, onde tudo é possível, até mesmo, reencontrar o amor!
segunda-feira, abril 17, 2006
Beijo
Um "poema" (música) dos melhores que o Pedro Abrunhosa (que tão bem escreve) construiu.
Beijo
Não posso deixar que te leve
O castigo da ausência,
Vou ficar a esperar e vais ver-me lutar
Para que esse mar não nos vença.
Não posso pensar que esta noite
Adormeço sozinho,
Vou ficar a escrever,
E talvez vá vencer
O teu longo caminho.
Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.
Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,
Que a dor do silêncio
Contigo eu venço
Num beijo assim.
Não posso deixar de sentir-te
Na memória das mãos,
Vou ficar a despir-te,
E talvez ouça rir-te
Nas paredes, no chão.
Não posso mentir que as lágrimas
São saudades do beijo,
Vou ficar mais despido
Que um corpo vencido,
Perdido em desejo.
Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.
Beijo
Não posso deixar que te leve
O castigo da ausência,
Vou ficar a esperar e vais ver-me lutar
Para que esse mar não nos vença.
Não posso pensar que esta noite
Adormeço sozinho,
Vou ficar a escrever,
E talvez vá vencer
O teu longo caminho.
Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.
Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,
Que a dor do silêncio
Contigo eu venço
Num beijo assim.
Não posso deixar de sentir-te
Na memória das mãos,
Vou ficar a despir-te,
E talvez ouça rir-te
Nas paredes, no chão.
Não posso mentir que as lágrimas
São saudades do beijo,
Vou ficar mais despido
Que um corpo vencido,
Perdido em desejo.
Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.
quinta-feira, abril 13, 2006
Encontros
A nossa existência é repleta de encontros.
Ao longo da vida,
Deparamo-nos com alguns que nos marcam,
E outros,
Que passando-nos ao lado,
Nunca nos apercebemos sequer que existiram.
Há encontros que nos deixam indiferentes,
Há encontros que nos deixam apenas a sorrir,
Há encontros que nos deixam a pensar,
Há encontros que nos marcam profundamente,
Há encontros que nos mudam a vida.
Nos encontros da vida,
Trocam-se múltiplas experiências.
Experiências de múltiplas origens,
Experiências de múltiplas formas,
Experiências…
Essas “experiências”,
Tornam-se por vezes,
Pilares da nossa forma de estar,
Referências para o nosso pensamento,
Base para acções futuras.
E assim,
Vamo-nos apercebendo,
Que não devemos “desperdiçar”,
As possibilidades que “nos surgem”,
De nos “encontrarmos”,
De “trocarmos experiências”,
Porque isso,
A prazo,
Pode tornar-se,
Quase tão importante,
Como respirar.
Actualmente congratulo-me
Com “um encontro”,
Que começou há 20 anos,
E que dura,
Até hoje!
Encontrem-se!
Ao longo da vida,
Deparamo-nos com alguns que nos marcam,
E outros,
Que passando-nos ao lado,
Nunca nos apercebemos sequer que existiram.
Há encontros que nos deixam indiferentes,
Há encontros que nos deixam apenas a sorrir,
Há encontros que nos deixam a pensar,
Há encontros que nos marcam profundamente,
Há encontros que nos mudam a vida.
Nos encontros da vida,
Trocam-se múltiplas experiências.
Experiências de múltiplas origens,
Experiências de múltiplas formas,
Experiências…
Essas “experiências”,
Tornam-se por vezes,
Pilares da nossa forma de estar,
Referências para o nosso pensamento,
Base para acções futuras.
E assim,
Vamo-nos apercebendo,
Que não devemos “desperdiçar”,
As possibilidades que “nos surgem”,
De nos “encontrarmos”,
De “trocarmos experiências”,
Porque isso,
A prazo,
Pode tornar-se,
Quase tão importante,
Como respirar.
Actualmente congratulo-me
Com “um encontro”,
Que começou há 20 anos,
E que dura,
Até hoje!
Encontrem-se!
quarta-feira, abril 12, 2006
Adiar...
Quantas vezes já adiamos coisas que podíamos fazer no momento e depois...
Fomos adiando, adiando, adiando...
Fizemo-las muito mais tarde do que queríamos,
Ou nunca as chegamos a fazer,
Porque...
Perdemos a vontade,
Deixou de fazer sentido,
Perdemos a oportunidade.
Pois é!
E quantas dessas coisas não foram já:
Simples gestos que não se fizeram,
Algumas palavras que não se disseram,
Um carinho que não presenteamos,
Um beijo que não se deu,
Um "estou aqui" que deixamos no ar,
Um...
Uma...
Por vezes,
Adiamos "coisas" por...
Pensarmos que não é o momento,
Pensarmos que temos tempo,
Pura preguiça;
E não pensamos que,
No "momento seguinte",
Podemos já não puder,
Podemos já não conseguir,
Podemos já "cá não estar" para o fazer,
Pode o "outro" já "cá não estar" para o receber.
Por isso,
Não adiemos aquilo que,
De facto,
Desejamos,
Devemos,
Sentimos,
Que deve ser feito,
Que queremos fazer,
Porque,
No limite,
Mesmo no limite,
Pudemos estar,
A adiar,
Um momento de vida,
Eternamente!
Fomos adiando, adiando, adiando...
Fizemo-las muito mais tarde do que queríamos,
Ou nunca as chegamos a fazer,
Porque...
Perdemos a vontade,
Deixou de fazer sentido,
Perdemos a oportunidade.
Pois é!
E quantas dessas coisas não foram já:
Simples gestos que não se fizeram,
Algumas palavras que não se disseram,
Um carinho que não presenteamos,
Um beijo que não se deu,
Um "estou aqui" que deixamos no ar,
Um...
Uma...
Por vezes,
Adiamos "coisas" por...
Pensarmos que não é o momento,
Pensarmos que temos tempo,
Pura preguiça;
E não pensamos que,
No "momento seguinte",
Podemos já não puder,
Podemos já não conseguir,
Podemos já "cá não estar" para o fazer,
Pode o "outro" já "cá não estar" para o receber.
Por isso,
Não adiemos aquilo que,
De facto,
Desejamos,
Devemos,
Sentimos,
Que deve ser feito,
Que queremos fazer,
Porque,
No limite,
Mesmo no limite,
Pudemos estar,
A adiar,
Um momento de vida,
Eternamente!
sexta-feira, abril 07, 2006
Ser Feliz
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa
quinta-feira, abril 06, 2006
Nostalgia
Nostalgia,
Sentimento que invade,
Pensamento que acende,
Luz que nos guia!
Luz de dia?
Luz de vida?
Luz de trevas que nos guia!
Chama que acende,
Chama que arde,
Grande chama de pequenos troncos,
Grande chama de luz,
Calor ao vento,
Chama de intento,
Nostalgia que nos guia!
Amor sentimento,
Sentimento paixão,
Sentimento luz,
Luz na nossa mão,
Luz do coração!
Peito alento,
Sentimento intenso,
Luz de coração,
Sentimento imensidão!
Amor de afecto,
Sentimento artefacto,
Imensidão na nossa mão,
Luz de coração!
Amor patente,
Nostalgia presente,
Nostalgia latente,
Pensamento ausente!
Forças de amor,
Forças de calor,
Calor de sentimento,
Luz de intento!
Corpo presente,
Sentimento ausente,
Não ri, não sente,
Apenas diz,
Apenas mente,
Corpo em si,
Sentimento ausente,
Tudo diz,
Tudo quer,
Nada sente!
Sentimento que invade,
Pensamento que acende,
Luz que nos guia!
Luz de dia?
Luz de vida?
Luz de trevas que nos guia!
Chama que acende,
Chama que arde,
Grande chama de pequenos troncos,
Grande chama de luz,
Calor ao vento,
Chama de intento,
Nostalgia que nos guia!
Amor sentimento,
Sentimento paixão,
Sentimento luz,
Luz na nossa mão,
Luz do coração!
Peito alento,
Sentimento intenso,
Luz de coração,
Sentimento imensidão!
Amor de afecto,
Sentimento artefacto,
Imensidão na nossa mão,
Luz de coração!
Amor patente,
Nostalgia presente,
Nostalgia latente,
Pensamento ausente!
Forças de amor,
Forças de calor,
Calor de sentimento,
Luz de intento!
Corpo presente,
Sentimento ausente,
Não ri, não sente,
Apenas diz,
Apenas mente,
Corpo em si,
Sentimento ausente,
Tudo diz,
Tudo quer,
Nada sente!
terça-feira, abril 04, 2006
Se eu não o fizer
Se eu não o fizer, quem o fará?
Se eu não o fizer agora, quando farei?
Se eu não tiver ninguém para quem fazer, então, porquê fazer?
Se eu não o fizer agora, quando farei?
Se eu não tiver ninguém para quem fazer, então, porquê fazer?
segunda-feira, abril 03, 2006
Momentos e Realidade
Life is about moments,
and moments are about what you see,
and not about what really are!
and moments are about what you see,
and not about what really are!
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