Se me disseres que me amas, acreditarei.
Mas se escreveres que me amas,
Acreditarei ainda mais.
Se me falares da tua saudade, entenderei,
Mas se escreveres sobre ela,
Eu a sentirei junto contigo.
Se a tristeza vier a te consumir e me contares,
Eu saberei, mas se a descreveres no papel,
O seu peso será menor.
… e assim são as palavras escritas:
Possuem um magnetismo especial, libertam,
Acalentam, invocam emoções.
Elas possuem a capacidade
De em poucos minutos cruzar mares,
Saltar montanhas, atravessar desertos intocáveis.
Muitas vezes, infelizmente, perde-se o Autor,
Mas a mensagem sobrevive ao tempo,
Atravessando séculos e gerações.
Elas marcam um momento que será
Eternamente revivido por todos aqueles que a lerem.
Viva o amor com palavras faladas e escritas,
Mate saudades, peça perdão,
Aproxime-se, recupere o tempo perdido.
Insinue-se alegre a alguém,
Ofereça um simples “bom dia”,
Faça um carinho especial.
Use a palavra a todo o instante,
De todas as maneiras.
Sua força é imensurável.
Lembre-se sempre do poder das palavras.
Quem escreve constrói um castelo,
E quem lê, passa a habitá-lo.
(Autor desconhecido)
Num "mundo de loucos", em que as relações interpessoais muitas vezes nos "passam ao lado", vamos, com base nas nossas vivências e alguma imaginação à mistura, fazer deste cantinho um centro de reflexão e de diversão.
quinta-feira, setembro 28, 2006
sexta-feira, setembro 22, 2006
O Amor
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
(Fernando Pessoa)
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
(Fernando Pessoa)
sábado, setembro 16, 2006
Rimas de uma Vida
Um dia quedou-se criança,
E o mundo ele foi aprendendo,
Era novo, tinha tudo, esperança,
E a vida assim foi correndo.
Estudar, aprender com perseverança,
Aplicar-se para os melhores resultados ir obtendo,
Abdicou das brincadeiras, de ser criança,
E delas se foi esquecendo.
E a vida assim, foi correndo…
E uma jovem, em determinada altura da andança,
Aos poucos o coração lhe foi enchendo,
Viveu dias e noites de plena confiança,
E o amor no seu peito foi crescendo.
E a vida assim, foi correndo…
Na faculdade conseguiu entrar,
E muito estudo ela lhe foi requerendo,
Com a amada já não tinha tempo para estar,
E o amor de outra forma foi vivendo.
E a vida assim, foi correndo…
Com o trabalho e a ânsia da liderança.
Pela disputa, a competição foi desenvolvendo,
Nisto envolvido nem reparou na “matança”,
Que dos sentimentos ele ia fazendo.
E a vida assim, foi correndo…
Com os filhos, cresceram responsabilidades,
O máximo de si, lhes foi oferecendo,
Trabalhou mais, para ter mais possibilidades,
E da companhia deles se foi “esquecendo”.
E quando um dia, parou e olhou,
Para eles, já não os reconhecendo,
Muito chocado consigo próprio ficou,
E os olhos, com lágrimas, tremendo.
Então, estendendo a sua mão,
Procurou a sua companheira de vida,
Já muito tarde se apercebendo então,
Que também ela já estava de partida.
E com os dias correndo ligeiros,
Os anos aos poucos foram mingando,
Os “ontens” dos Dezembros eram os Janeiros,
E cada vez mais cansado, ele ia ficando.
E a vida assim, foi correndo…
Foi então que um dia se apercebeu,
Que no meio da azáfama, do frenesim,
De conviver com os outros se esqueceu,
Dando por si a ficar sozinho, assim.
E aquando da sua partida lhe perguntaram,
Por dele saber querendo,
“Então? Como correu a vida para ti?”
Olhando para dentro si respondeu gemendo:
“A vida? Não sei! Pouco a vivi.
Ela é que foi correndo!”
E o mundo ele foi aprendendo,
Era novo, tinha tudo, esperança,
E a vida assim foi correndo.
Estudar, aprender com perseverança,
Aplicar-se para os melhores resultados ir obtendo,
Abdicou das brincadeiras, de ser criança,
E delas se foi esquecendo.
E a vida assim, foi correndo…
E uma jovem, em determinada altura da andança,
Aos poucos o coração lhe foi enchendo,
Viveu dias e noites de plena confiança,
E o amor no seu peito foi crescendo.
E a vida assim, foi correndo…
Na faculdade conseguiu entrar,
E muito estudo ela lhe foi requerendo,
Com a amada já não tinha tempo para estar,
E o amor de outra forma foi vivendo.
E a vida assim, foi correndo…
Com o trabalho e a ânsia da liderança.
Pela disputa, a competição foi desenvolvendo,
Nisto envolvido nem reparou na “matança”,
Que dos sentimentos ele ia fazendo.
E a vida assim, foi correndo…
Com os filhos, cresceram responsabilidades,
O máximo de si, lhes foi oferecendo,
Trabalhou mais, para ter mais possibilidades,
E da companhia deles se foi “esquecendo”.
E quando um dia, parou e olhou,
Para eles, já não os reconhecendo,
Muito chocado consigo próprio ficou,
E os olhos, com lágrimas, tremendo.
Então, estendendo a sua mão,
Procurou a sua companheira de vida,
Já muito tarde se apercebendo então,
Que também ela já estava de partida.
E com os dias correndo ligeiros,
Os anos aos poucos foram mingando,
Os “ontens” dos Dezembros eram os Janeiros,
E cada vez mais cansado, ele ia ficando.
E a vida assim, foi correndo…
Foi então que um dia se apercebeu,
Que no meio da azáfama, do frenesim,
De conviver com os outros se esqueceu,
Dando por si a ficar sozinho, assim.
E aquando da sua partida lhe perguntaram,
Por dele saber querendo,
“Então? Como correu a vida para ti?”
Olhando para dentro si respondeu gemendo:
“A vida? Não sei! Pouco a vivi.
Ela é que foi correndo!”
quarta-feira, setembro 13, 2006
O Valor das Coisas
O valor das coisas,
Não está no tempo que elas duram,
Mas na intensidade com que acontecem.
Por isso,
Existem momentos inesquecíveis,
Coisas inexplicáveis,
Pessoas incomparáveis.
Fernando Pessoa
Não está no tempo que elas duram,
Mas na intensidade com que acontecem.
Por isso,
Existem momentos inesquecíveis,
Coisas inexplicáveis,
Pessoas incomparáveis.
Fernando Pessoa
sexta-feira, setembro 08, 2006
Num Momento Fugaz
Num momento fugaz,
Nossos seres cruzaram-se,
Entrelaçamos o olhar,
Nossos olhos tocaram-se,
E eu tive-te assim…
Naquele momento,
Só para mim.
Num momento fugaz,
O meu coração saltou,
O meu peito cresceu,
O meu corpo ficou leve,
E eu tive-te assim…
Naquele momento,
Só para mim.
Num momento fugaz,
Os nossos olhos não se quiseram largar,
As nossas cabeças viraram-se na passagem,
E nós fomos um,
Em olhar,
Em pensamento,
Creio que em sentir,
E eu tive-te assim…
Naquele momento,
Só para mim.
Um momento fugaz,
Que teve a duração da eternidade,
Que teve um sentir exponenciado,
Que me deu um querer até então
Nunca experimentado,
De te ter,
Assim,
Comigo,
Sempre a meu lado,
Como te tive,
Naquele momento,
Só para mim.
E ainda hoje eu me lembro,
Que num momento fugaz,
Eu te tive assim…
Naquele momento,
Só para mim.
Nossos seres cruzaram-se,
Entrelaçamos o olhar,
Nossos olhos tocaram-se,
E eu tive-te assim…
Naquele momento,
Só para mim.
Num momento fugaz,
O meu coração saltou,
O meu peito cresceu,
O meu corpo ficou leve,
E eu tive-te assim…
Naquele momento,
Só para mim.
Num momento fugaz,
Os nossos olhos não se quiseram largar,
As nossas cabeças viraram-se na passagem,
E nós fomos um,
Em olhar,
Em pensamento,
Creio que em sentir,
E eu tive-te assim…
Naquele momento,
Só para mim.
Um momento fugaz,
Que teve a duração da eternidade,
Que teve um sentir exponenciado,
Que me deu um querer até então
Nunca experimentado,
De te ter,
Assim,
Comigo,
Sempre a meu lado,
Como te tive,
Naquele momento,
Só para mim.
E ainda hoje eu me lembro,
Que num momento fugaz,
Eu te tive assim…
Naquele momento,
Só para mim.
quarta-feira, setembro 06, 2006
É Hora!
É hora de respirar fundo,
E expirar todas as mazelas,
Que nos repuxam as entranhas,
E nos fazem amargos,
Connosco próprios.
É hora de abrir os braços
E deixar cair os pesos que se agarram ao corpo,
Não nos deixando correr livres,
Acorrentando até os pensamentos.
É hora de levantar bem a cabeça,
E puxar para cima as forças,
Que nos fazem mover o mundo,
Contra as adversidades que nos teimam impor,
Pelo demover das desgraças certas.
É hora de deixar os lábios esticar,
E formar o sorriso que nos faz levitar,
Por cima das coisas,
Por cima de nós.
É hora de voltar ao meu "eu",
De deixar-me iluminar por todos os Raios de Luz,
De procurar todos os pequenos focos,
E com eles juntos,
Formar um Sol.
É hora de acelerar o passo,
Correr, suar, cansar o corpo,
Para libertar a mente,
Para libertar a alma,
Libertar os olhos,
Já cansados.
É hora…
É hoje…
É já!
E expirar todas as mazelas,
Que nos repuxam as entranhas,
E nos fazem amargos,
Connosco próprios.
É hora de abrir os braços
E deixar cair os pesos que se agarram ao corpo,
Não nos deixando correr livres,
Acorrentando até os pensamentos.
É hora de levantar bem a cabeça,
E puxar para cima as forças,
Que nos fazem mover o mundo,
Contra as adversidades que nos teimam impor,
Pelo demover das desgraças certas.
É hora de deixar os lábios esticar,
E formar o sorriso que nos faz levitar,
Por cima das coisas,
Por cima de nós.
É hora de voltar ao meu "eu",
De deixar-me iluminar por todos os Raios de Luz,
De procurar todos os pequenos focos,
E com eles juntos,
Formar um Sol.
É hora de acelerar o passo,
Correr, suar, cansar o corpo,
Para libertar a mente,
Para libertar a alma,
Libertar os olhos,
Já cansados.
É hora…
É hoje…
É já!
terça-feira, setembro 05, 2006
A minha noite
Na minha noite,
Eu sou dono de mim,
E a escuridão é a minha companhia.
Na minha noite,
Com o manto da escuridão a cobrir-me,
Eu desperto os meus sentidos,
E consigo,
Com os olhos da minha mente,
Visualizar.
Visualizo situações,
Pessoas,
Vivências,
Medos e vontades,
As minhas imagens dos outros,
Os meus quereres que acontecessem,
Os meus não quereres que nunca ocorressem,
Os meus…
Nos meus olhos fechados,
Os meus dias repassam,
A minha existência,
De novo acontece,
E depois,
Com eles já abertos,
Constato a realidade,
Do estar ali,
Deitado,
E olhando o relógio,
Vejo que mais uma hora passou,
E eu,
Ainda não dormi.
E então vejo,
E então apercebo-me,
Que dormir não quero,
Por (talvez) saber,
Que depois de dormir,
Um novo dia começará,
Quando neste momento,
O que queria,
Era que ele parasse,
Para que assim,
Eu continuasse na minha noite,
A ver e rever,
Os meus momentos,
E desta forma,
Conseguir,
Que os meus não quereres aconteçam,
Que os meus medos,
Vençam as minhas vontades.
Hoje,
Uma vez mais,
A minha noite vai chegar,
E hoje,
Uma vez mais,
Sei,
Que não vou querer dormir,
E muito menos,
Acordar.
Eu sou dono de mim,
E a escuridão é a minha companhia.
Na minha noite,
Com o manto da escuridão a cobrir-me,
Eu desperto os meus sentidos,
E consigo,
Com os olhos da minha mente,
Visualizar.
Visualizo situações,
Pessoas,
Vivências,
Medos e vontades,
As minhas imagens dos outros,
Os meus quereres que acontecessem,
Os meus não quereres que nunca ocorressem,
Os meus…
Nos meus olhos fechados,
Os meus dias repassam,
A minha existência,
De novo acontece,
E depois,
Com eles já abertos,
Constato a realidade,
Do estar ali,
Deitado,
E olhando o relógio,
Vejo que mais uma hora passou,
E eu,
Ainda não dormi.
E então vejo,
E então apercebo-me,
Que dormir não quero,
Por (talvez) saber,
Que depois de dormir,
Um novo dia começará,
Quando neste momento,
O que queria,
Era que ele parasse,
Para que assim,
Eu continuasse na minha noite,
A ver e rever,
Os meus momentos,
E desta forma,
Conseguir,
Que os meus não quereres aconteçam,
Que os meus medos,
Vençam as minhas vontades.
Hoje,
Uma vez mais,
A minha noite vai chegar,
E hoje,
Uma vez mais,
Sei,
Que não vou querer dormir,
E muito menos,
Acordar.
segunda-feira, setembro 04, 2006
Leva-me...
Leva-me,
Leva-me pela mão,
Num fim de tarde,
Até onde se avista o sol
A fundir-se com o mar,
Onde as ondas terminam
O seu constante ir e voltar,
Para que nas suas águas,
Eu possa diluir,
As do meu chorar.
Dá-me um abraço,
Num momento de instantes feito,
No meu silêncio ouve este lamento,
E com a força do teu alento,
Liberta-me desta dor,
Que de tal imensidão,
Já não me cabe no peito.
E quando a noite chegar,
Fica comigo a contemplar,
O céu e todas as suas estrelas,
Num completo manancial,
De pequenos brilhos sem igual,
E com a força do teu amar,
Desfaz-me este nó na garganta,
Que me prende o falar,
Que me impede de gritar,
E assim conseguir-me libertar,
Desta mágoa que me ocupa o pensar.
Leva-me,
Despe-me este peso que carrego,
Liberta-me a alma deste fardo,
E com o poder do teu afago,
Devolve-me a paz ao sentir,
Algo que já há tanto procuro,
E que desta vez,
Está a ser difícil conseguir.
Leva-me,
Leva-me para um lugar,
Onde tranquilos possamos estar,
E nos teus braços deixa-me ficar,
Falando apenas com o olhar,
Sentindo todo o teu amar,
E assim contigo,
Finalmente repousar.
Leva-me...
Leva-me contigo.
E no teu regresso,
Traz-me de volta!
Leva-me pela mão,
Num fim de tarde,
Até onde se avista o sol
A fundir-se com o mar,
Onde as ondas terminam
O seu constante ir e voltar,
Para que nas suas águas,
Eu possa diluir,
As do meu chorar.
Dá-me um abraço,
Num momento de instantes feito,
No meu silêncio ouve este lamento,
E com a força do teu alento,
Liberta-me desta dor,
Que de tal imensidão,
Já não me cabe no peito.
E quando a noite chegar,
Fica comigo a contemplar,
O céu e todas as suas estrelas,
Num completo manancial,
De pequenos brilhos sem igual,
E com a força do teu amar,
Desfaz-me este nó na garganta,
Que me prende o falar,
Que me impede de gritar,
E assim conseguir-me libertar,
Desta mágoa que me ocupa o pensar.
Leva-me,
Despe-me este peso que carrego,
Liberta-me a alma deste fardo,
E com o poder do teu afago,
Devolve-me a paz ao sentir,
Algo que já há tanto procuro,
E que desta vez,
Está a ser difícil conseguir.
Leva-me,
Leva-me para um lugar,
Onde tranquilos possamos estar,
E nos teus braços deixa-me ficar,
Falando apenas com o olhar,
Sentindo todo o teu amar,
E assim contigo,
Finalmente repousar.
Leva-me...
Leva-me contigo.
E no teu regresso,
Traz-me de volta!
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