
Envolta num Silêncio,
Que as palavras por não o saberem falar não dizem,
Trago-te guardada em mim,
Como o bem mais precioso,
Que a minha existência pode comportar.
Tenho-te gravada no calor do sol trazido pela brisa,
Que afagando-me sussurra a tua existência,
Quando por não estares, o tempo teima em eternizar-se,
Num compasso lento que me segreda as sílabas de ti,
Fazendo-te presente em mim,
Mesmo na distância do tempo e do espaço.
E quando a dor da tua ausência,
Insiste em se tornar no maior dos meus sentires,
Grito o teu nome num murmúrio que lanço para dentro de mim,
Fazendo-te ecoar nos poros da pele que sempre te lembra,
Dos momentos em que na tua, numa cumplicidade única,
Deposita a intimidade de um segredo construído a dois.