quarta-feira, junho 21, 2006

Quase...

Este texto, não sendo meu, poderia muito bem sê-lo.
Por isso, aqui fica para vocês.


Quase…

Ainda pior que a convicção do não,
E a incerteza do talvez,
É a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda,
Que me entristece,
Que me mata trazendo tudo
Que poderia ter sido e não foi...

Quem quase ganhou ainda joga,
Quem quase passou ainda estuda,
Quem quase morreu está vivo,
Quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades
Que escaparam pelos dedos,
Nas hipóteses que se perdem por medo,
Nas ideias que nunca sairão do papel
Por essa maldita mania de viver no Outono…

Pergunto-me, às vezes,
O que nos leva a escolher uma vida morna...

A resposta eu sei de cor,
Está estampada na distância
E frieza dos sorrisos,
Na frouxidão dos abraços,
Na indiferença dos "Bom dia"
Quase que sussurrados…

Sobra covardia
E falta coragem até para ser feliz!

A paixão queima,
O amor enlouquece,
O desejo trai...

Talvez esses fossem
Bons motivos
Para me decidir
Entre a alegria e a dor…

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
O mar não teria ondas,
Os dias seriam nublados
E o arco-íris em tons de cinza…

O “nada” não ilumina,
Não inspira,
Não aflige nem acalma,
Apenas amplia o vazio
Que cada um traz dentro de si...

Não é que fé mova montanhas,
Nem que todas as estrelas estejam ao alcance,
Para as coisas que não podem ser mudadas
Resta-nos somente paciência,
Mas,
Preferir a derrota prévia
À dúvida da vitória
É desperdiçar a oportunidade de merecer…

Para os erros…
Há perdão,
Para os fracassos…
Tentativa,
Para os amores…
Tempo.

De nada adianta
Cercar um coração vazio
Ou economizar a alma.

Um amor
Cujo fim é instantâneo ou indolor
Não é amor...

Não deixes que a saudade sufoque,
Que a rotina se acomode,
Que o medo impeça de tentares...

Desconfia do destino e acredita em ti…

Gasta mais horas
A realizar do que a sonhar,
A fazer do que a planear,
A viver do que a esperar…

… embora,
Quem quase morre esteja vivo,
Quem quase vive já morreu.

46 comentários:

Anónimo disse...

oi...
voltando à troca de comentários do post anterior, putty, eu acho que neste momento o meu terreno está mais enquadrado no baldio... que tem andado há algum tempo a cultivar-se (esta é para ti andarilhus..), mas que por vezes desespera. o cansaço acumula-se..

noto diferenças nesse baldio. mas ando cansada de tanto tentar cultivar e as ervas daninhas não deixarem florir nada. pelo menos aparentemente...

por vezes penso: será que todas as pessoas têm conciência do seu eu, do que querem para si. será que todas pensam e tornam a pensar sobre si, sobre as suas reações a isto e aquilo, etc, etc?...

ou simplesmente deixam as coisas rolar..

andei a maior parte da minha vida a deixar rola. "depois resolve-se..", "se não der resultado, muda-se..".
agora ando a tentar cultivar-me. isto cansa, porra!!!

Anónimo disse...

Papoila, a paciência é uma das virtudes do peregrino. A paciência na espera do alcance da sua meta. Metro a metro, olha em frente e perscruta no horizonte com esperança de ver o topo do templo que procura. Desilude-se muitas vezes, mas o mundo é uma esfera e a sua curvatura, não raramente, esconde o quão próximo está o nosso destino. E se a uma montanha sucede outra montanha, quando parece que estamos QUASE lá, deixe-se o cansaço na seguinte porque algures, entre as montanhas, há-de aparecer o santuário onde descarregamos as agruras e as desventuras. Há que manter firmeza no passo…

Putty, as pedras não falam mas podemos tentar furar a sua opacidade com águas de brandura e temperança. Os seixos são duros, mas muito afeiçoados; o granito é rude e áspero mas pode esfarelar-se lentamente. Uma pedra “rachada” pela sensibilidade não produz eco... até as pedras são frágeis

Anónimo disse...

gosto muito de vos "ouvir" falar, não quero que me interpretem mal por favor, mas questiono-me: conseguem aplicar essa teoria toda?

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Papoila:

Boa pergunta...
E eu pergunto o mesmo...
O Brain sei que sim. E que eu conheça é o ÚNICO!!!!
E por mais "tareia psicológica" que ele me dê, eu não consigo chegar lá, AINDA!
No entanto, ele é um bom exemplo, certo?
E se ele consegue, porque será que "nós" não conseguimos?!?!

Anónimo disse...

Quanto a mim: eu não sou exemplo para ninguém. Tenho as minhas convicções. Esforço-me por as pôr em prática, muitas vezes com grandes lutas interiores. Sou um inconformado e um “desalinhado” por natureza. Que me lembre, nunca desisti quando se tratou ou trata de coisas deveras importantes. Creio no meu, muito ou pouco, valor e, no limite, construo a minha solidão com isto. Por vezes, ando algo distraído mas esforço-me por mudar o rumo das coisas quando me confronto com um beco sem saída. O presente e as vicissitudes dos meus dias de há algum tempo para cá são bem exemplo disso. Passo um período de revolução que vai mudar por completo as minhas direcções. Se vos falo com os termos que vos falo, é porque os digo também para mim mesmo, procurando incuti-los na minha razão e para afagar um pouco o meu agitado coração.
Se vos forem de algum proveito, abusem…

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Querido Andarilho,

Somos sempre exemplo para alguém. No limite, seremos "maus exemplos".
Eu, se calhar sou alguém que estou no limbo entre o mau e o bom exemplo.
Mas também não tenho a pretensão de ensinar nada a ninguém, nem de servir de "modelo" para ninguém.
Ainda estou na fase do aprender, e aprender com os bons e os maus exemplos.
Felizmente estou rodeada de bons exemplos.
Os maus, faço de conta que nem os vejo!

Anónimo disse...

Putty, eu compreendo as dúvidas da Papoila e tuas acerca de teoria e prática. Na verdade, sou também sou visitado por elas. Contudo, se queremos mais, temos de ACREDITAR sempre e em qualquer coisa, nem que sejam quimeras, que nos sustentem vivos e agarrados à sobrevivência. Quando me encontro refém, entre paredes de desânimo e tristeza, tento concentrar-me em algo – mesmo utópico – para GANHAR TEMPO e refazer as escadas que me permitem sair daqueles muros.
Aprender é o mote. E eu posso afirmar que nos últimos meses aprendi por vários anos. E cresço. E é bom crescer. Mais um patamar, mais uma idade. Acumulam-se saberes e experiências. Distingue-se melhor o certo do errado, o bom e o mau do Homem. E, assim, maior consistência ganham as nossas decisões e comportamentos futuros. Se acreditarmos, existe algo que ninguém nos pode tirar: o nosso SER. A partir dele pode-se construir um mundo… Haja vontade.
Os exemplos devem servir de sugestão e não de guias que devemos seguir cegamente. Decantem-se os exemplos e retire-se deles o que tiverem de melhor para as nossas “manutenções” pessoais.

Anónimo disse...

Ola!
Bem, muito se escreve por aqui...e ainda bem.
Papoila: quando perguntas se se consegue aplicar toda esta teoria, pareces um pouco incrédula que a resposta seja afirmativa. Da minha parte só te posso dizer: é difícil aplicar seja que teoria for, depois de alturas menos boas na vida, que nos tiram alguma capacidade de sonhar. É preciso um esforço muito grande, é certo, mas a recompensa é muito boa. Por isso amiga: sonha, não percas a esperança nem muito menos a força que tens em ti mesma. E lembra-te que "atrás de uma montanha está outra bem mais alta"...e tu já alcanças-te montanhas bem altas...
Beijinhos a todos

Brain disse...

Papoila,

De uma forma prática e pragamática, deixa-me que te diga que, penso que o fundamental não é a teoria e/ou a prática.
O fundamental mesmo, é assumirmo-nos como seres que somos, com desejos, vontades, fraquezas e com eles estabelecermos quais os nossos verdadeiros (e aqui leia-se sentidos) objectivos de vida (chamemos-lhe assim).
A partir do momento que os consigamos definir, devemos avaliar quais as diferentes possibilidades de os atingir. E assim, em consciência, tomando em consideração as nossas valências (pontos fortes e pontos fracos) decidir qual o caminho a seguir para atingirmos esse(s) objectivo(s).

E isto, é bem mais simples do que o que parece.
Dou-te um exemplo: Quando decidiste tirar um curso superior, como procedeste? Da forma que descrevi, certo?
Se isso foi válido para esse objectivo, porque não há-de ser também para outros?
Não depende só de nós, certo, mas o entrares na faculdade e curso que escolheste, também não!

Assim, de uma forma rápida e pragmática, penso ter exposto o meu ponto de vista.

É claro que depois, podemos "dourar mais ou menos a pílula", podemos ter mais "sorte" ou "azar" no que nos vai aparecendo, mas isso, são contingências circunstanciais, válidas para qualquer coisa, qualquer situação.

A questão é que quando se trata de nós próprios, por vezes, não conseguimos o distanciamento suficiente para conseguirmos de uma forma "correcta", apreender e avaliar as situações que ocorrem com nós próprios. Mas até isto, é algo que vamos desenvolvendo com o tempo.

Espero ter-me feito entender.
Espero ter respondido à tua pergunta.

Bj.

Brain disse...

Papoila,

Como complemento, ao comentário anterior, deixa-me dizer também o seguinte:

Por vezes, nestes intentos, incorremos no mesmo erro de Descartes, isto é, avaliamos e valorizamos o racional, esquecendo-nos que o emocional também tem uma palavra (e que palavra por vezes, não é verdade?) MAS o sabermos aplicar os nossos objectivos e dimensioná-los correctamente tendo em conta o balanceamento de ambos (emocional e racional) aí reside o "segredo" de conseguirmos o conhecimento de nós próprios, para conseguirmos os objectivos que definimos.

Brain disse...

A todos:

Neste espaço, não existem os bons/fortes e os maus/fracos, existem pessoas, com vivências e experiências diferentes, que expõem e trocam experiências e pensares.

Faço minhas as palavras do Andarilhus e digo que "Os exemplos devem servir de sugestão e não de guias que devemos seguir cegamente.", aliás, nem eu penso que tal seja possível, pois cada um tem formas de pensar e de agir diferentes.

Devemos cada um de nós, espremer as experiências que nos são de uma forma graciosa e voluntária relatadas e delas, espremer o sumo que permita saciar a nossa sede, individual de cada um.

Ninguém é detentor da verdade absolucta.
Ninguém está acima das adversidades.

Acredito, é que com a partilha, se conseguem por vezes evitar situações "menos boas", por consiguirem (graças à partilha) ser identificadas à anteriori.

Anónimo disse...

Olá a todos,hoje estou por cá.Ontem estive em formação profissional,e hoje numa leitura de "corrida",retirei também a formação do "meu interior" que tenho vindo a fazer neste meios de amigos.
Em relação ao post:"Quem quase amou não amou",lembrei-me da letra duma das cançoes dos Filarmónica Gil!
Quanto à vossa conversa:
Não sei se estou a intrepertarcorrecto(ti me dirás),mas a forma como tu Andarilhus,escreves,agora mais acessível terá uma razão.
Acho que a tua "libertação",teu deu um espaço "mais comum".Entendes o que digo amigo?
Tu tens uma escrita fantástica,mas dum homem no seu mundo,onde a dita solidão que por vezes referes,te apurou sentimentos e expressões.
Hoje li-te,seguido,acho que essa cor que te reveste,esse mudar de direcções não te tirou a grande valor de escrita,mas te deu o lado simples e as situações para mostrares e viveres duma forma Feliz.
Amigas,Putty e Papoila,Resistentes?
Serão duas ninas ,como S.Tomé?
Ou serão "cegas".A Papoila,que conheço posso dizer,nina a cada dia tens "provas",dessa vossa resistencia teoria/pratica!
Cada passo ,é talvez sustentado por uma teoria,por uma força,a vontade de mudar a busca da diferença.
Queres ,ou precisas de motivos de incentivo?
Tens-me a mim,vê a minha caminhada.E sou muito complicada,tu sabes.
Tens os restantes,que por aqui passam.Acho que vale apena.Todos lutam,e todos vão dando sequência a períodos bons e menos bons.
Mudei a minha vida toda.
Feliz?Agora sim,mas não completa.
E essa "falta",é a roda para a busca e marca da insatisfação humana.
Mas sejamos conscientes.Tanta busca?tanta troca,tanta "estupidez"!
Por vezes,trocamos coisas...bem será,e convenço-me disso a aprendizagem.
Não tenho ideia de repôr,situações na minha vida;mas,posso dizer se o meu problema fosse hoje...
Não deixaria o meu projecto ruir...teria força para a sua restruturação,lutaria para ser diferente.
Andamos,dia após dia,corremos,lutamos!!!E um dia,numa paragem,num segundo de tranquilidade surge uma tela frente a nós e....
O espantanto!Aquele caminho que durou meses,anos a fazer....demorada 3 dias!!!
Tinha um banco junto ao rio,e não entendi.Sentei-me gritei,e corri com a trouxa...não vi barco,pessoas,nada!!!
Hoje mostraram-me que ali,era o local de paragem,era a espera do barco prar fazer a travessia.Meses anos,precisava apenas de dias.
Voltei ao local.Agora sento-me!Enquanto espero,delicio-me,ouços os piratitas.e Vivo!Antes...dei corda...e corri e perdi...ganhei dentro de mim.E hoje sei,que não desperdiçarei,mais tempo assim.
Não quero ruir os sonhos,serei construtora dos meus!
A todos,peço essa atenção!O banco,pode estar em quaquer esquina.Parem!Paciência,e atenção à leitura dos sinais!A todos perfume da vossa amiga Flôr

Anónimo disse...

Bom dia!
Flor, tu conheces as minhas metamorfoses... superficialmente mas o suficiente para acertar em quase tudo. Quanto à escrita, digo simplesmente que adoro escrever. Por dois motivos: o primeiro encontra-se no facto de poder exorcisar os meus fantasmas e projectar os meus sonhos; o segundo está no prazer do jogo das palavras, na sintaxe e na semântica.
Brain, explicas bem: as coisas da vida podem ser simples. Só temos de lhe dar uma oportunidade para o serem.
Agora, como isto está algo amorfo hoje, cá vai uma incursão no stress do dia dia (é grandito...):

"Dia a Dia

Forças-te a erguer pela manhã do sono cronometrado
Consciente de estar recrutado para mais uma vigília, há muito planeada.
Vestes o uniforme social e engoles o “rancho” matinal
E logo te encontras de volta ao caminho já tão fustigadamente trilhado.

A fé na estabilidade das instituições dá-te coragem,
O desejo da realização pessoal dá-te esperança.
Mantêm-te iludido com lisonjas ao teu esforço imprescindível.
Definem-te como único e adivinham-te um futuro promissor.

Permites que escolham a praxe dos teus dias,
Que te ensinem maneiras e conveniências.
Admites exigências de comportamentos e etiquetas,
Mesmo que inibam os teus fulgores, instintos e paixões!...

Convertido, tu assimilas, assimilas... mas enjoas e vomitas.
Resta-te tomar a profilaxia adequada: bagaço ou aspirina... ambos!
E por momentos, num real acordar, afugentas os tormentos do stress,
Soltas os “cães da guerra” e praguejas contra o fantasma do dia seguinte:

“Como me enganam quando dizem que sou livre,
sabendo eu que pertence a outros a minha liberdade;
Como me escondem a verdade, quando me pedem opinião,
Sabendo eu que é de outros a minha decisão.”

E, quando de volta ao sono, és desperto pela dúvida
De quem és e da tua importância no mundo dos homens,
Descobres, uma vez mais, que não passas de uma engrenagem da máquina
Susceptível de ser maquiavelicamente substituído pela manutenção!

Afinal o teu ego perdera-se dissolvido no Eu colectivo,
Agrilhoado pelas fobias com que a pátria te amordaça.
Rendido à função que te determinaram,
Afogas-te nos pressupostos das regras da moral e da lei da nação.

Num último fôlego insurges-te contra o relógio com que te controlam:
Apelas à vontade própria e encontras a submissão;
Procuras refúgio nos teus ideais e encontras a propaganda do Estado.
Desejas largar tudo, mas estás dependente do vício social!

É tarde, o combate perde-se na fraqueza da insurreição.
Já não há lugar desconhecido para onde fugir.
Assim como não encontras outros desalinhados que engrossem o teu exército.
Fica-te apenas a escuridão, a alma vazia e a cama...
... e retomas o caminho do sono
porque é já a hora estabelecida...
Valha-nos o sonho!"
MCMXCVII
JPópulo

Também se sentem assim, ou há novidade em todos os vossos dias?

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Olá

Eu acho que as coisas mais simples são de facto as mais importantes.
E o que é urgente fazer, é dar-lhe a devida importância e não minimizá-las ao ponto de serem relegadas para último plano.
Mas isso é o que a maioria das pessoas fazem.
Bastam uma pedrinha no nosso sapato, e pronto, perde-se o trilho...
Eu tenho uma terrivel dificuldade em ver a importância e a beleza, no fundo, das coisas simples da vida, a não ser apenas qdo estou de bem com o Mundo.
Mas como isso é tão raro em mim, quase que não as saboreio.
E lamento-me por isso.

Agora digam-me lá:
O que posso fazer?

ps: Brain não fiques triste comigo.
Eu sei que tentas ajudar-me a mudar os meus "rituais internos"...

Brain disse...

Andarilhus,

Respondendo ao teu repto e uma vez mais, assumindo o meu papel de "freak" no mundo da maioria das pessoas, digo-te:

Não há novidade em todos os meus dias, mas raros são os que isso não ocorre.

Descreves de uma forma sublimar, aquilo que considero um dos principais aglutinadores da "nossa sociedade", a rotina.
Aglutinador de relações, de vivências e no limite, se quisermos ver até aí, de nós próprios.

Desde muito cedo, que deliniei os meus objectivos a atingir, também no campo profissional.
Até os atingir, calcorreei vários caminhos, alguns bem "feios" e tortuosos até. No entanto, sempre tive bem presentes os meus objectivos (ás vezes tinha de consultar as minhas "cábulas mentais" para ainda me lembrar de quais eram, de tão perdido que por vezes ficava) e ao fim de algum tempo, bem mais do que aquele que inicialmente julgava ser necessário, consegui.
Então hoje, tenho uma posição que me permite não depender de ninguém, usufruir o meu tempo de uma forma mais "livre", sendo que, o reverso da medalha é um acréscimo de responsabilidade bem superior à minha liberdade, mas isso... é um preço que até considero "pequeno".
E uma vez mais digo, que tal como eu o fiz, qualquer pessoa o pode fazer. E para isto, na vida, quanto mais cedo melhor, pois com o crescer das responsabilidades, torna-se mais difícil. Não impossível, apenas mais difícil.

Brain disse...

Putty,

"Eu tenho uma terrivel dificuldade em ver a importância e a beleza, no fundo, das coisas simples da vida"

"a não ser apenas qdo estou de bem com o Mundo."

Qual destas frases será a "causa" e qual será a "efeito"?
Será que a ordem pela qual as apresentas será a mais correcta?
Será que a tua linha de raciocínio estará correcta? Ou estará invertida?

Já sabes a minha opinião e resposta às minhas questões.

Atrevo-me até a dizer que todos sabem!

Anónimo disse...

Putty, a resposta lógica, imediata e de retórica é: Passa mais tempo a "bem com o Mundo".
Eu vejo as coisas sobre este prisma: é um verdadeiro milagre aquilo que temos - a vida! (espero não vir a descobrir que vivemos numa ilusão do género "Matrix"!). Tudo na vida, no sentido "natureza", tem regras simples, honestas e credíveis. Sabemos com o que contamos, não há hipocrisias. O Homem veio corromper este equilíbrio com envolvências e vestes para corpos que deveriam continuar nus.
O que quero dizer é que a simplicidade das coisas está sempre lá. Para a ela chegar temos de limpar os nevoeiros que a deturpam. Por exemplo, construímos uma casa – sonho que alimentamos durante anos, idealizamos, gizamos, acompanhamos a obra – e, de repente, ficamos sem ela. Pois, tristeza por vermos tanto esforço e desejo desaparecerem. Mas, o que fica não é pouco e é muito importante (e é tão simples)! Fica o saber de que somos capazes de criar objectivos, planear a sua execução e atingir as metas… fica o sabermos que, a qualquer momento podemos engendrar projecto igual. Ficar sem o bem material, contudo sentir-me realizado e capaz dá-me as forças necessárias para superar a perca e seguir em frente. A casa pode ser uma pessoa…

Anónimo disse...

Brain,
Eu costumo “organizar” o meu cérebro como um armário com muitas gavetas. Cada gaveta, um assunto. E o que procuro fazer para levar, de forma metódica, o meu esforço ao cumprimento dos meus objectivos é manter uma só gaveta aberta de cada vez. Tranco as outras ostensivamente. Por isso, quando também iniciei as minhas ambições profissionais, o trabalho era a gaveta permanentemente aberta. As outras ficaram muito tempo fechadas. Alguns conteúdos perderam-se, outros houve que ainda foi possível recuperá-los por trasladação. O gosto pela escrita foi um deles. A rotina assente apenas no trabalho é uma morte lenta… perde-se o gosto pelos estímulos maravilhosos que entram pelos sentidos. É óptimo – como no teu caso – atingir um patamar de estabilidade que permita, sem perder qualidade e empenho, conjugar trabalho com tudo o resto que nos dá alegria. E sempre e cada vez mais responsabilidade em todas as áreas. Só não concordo (talvez por a minha experiência ser diversa) que a responsabilidade crescente torne mais difícil libertar-nos da rotina. Pelo contrário, a responsabilidade dá-nos fulgor mental para apostarmos, com mais frequência, em fugas à rotina.
Abraço

Brain disse...

Andarilhus,

Andarilhus,

"Só não concordo (talvez por a minha experiência ser diversa) que a responsabilidade crescente torne mais difícil libertar-nos da rotina. Pelo contrário, a responsabilidade dá-nos fulgor mental para apostarmos, com mais frequência, em fugas à rotina."

Ao que eu me referia era intentar por caminhos que nos levassem a ter uma certa independência da rotina, e isso, quase que só com a liberdade de poucas responsabilidades.
Se por exemplo, contraires um empréstimo para comprar uma casa, carro, se tiveres filhos, etc., já pensarás mais, antes de te aventurares a (por exemplo) mudar de emprego, ou até, deixar o emprego para tirar um curso.

De acordo?

Eu, ao contrário de ti, embora tenha de ter os meus assuntos muito bem organizados, por força até da minha profissão, não o faço em gavetas onde os possa fechar. Faço-o em prateleiras, onde estão sempre todos activos e visíveis. Multi, multi, multi.

Até muitas vezes, estou a ver uma coisa e a falar com alguém sobre outra.

:)

Anónimo disse...

Bom dia!
Sim, responsabilidade é sinónimo de maior precaução e certa aversão à mudança. Mas, - pensemos – com uma liberdade "total", ou a pessoa é muito criativa ou acaba por entrar em rotina de nada fazer (ou fazer sempre o mesmo). Lembro-me, por exemplo das férias escolares (há tanto tempo!). Muito anseio pela sua chegada; muitas saudades das aulas, depois de algumas semanas de férias... Na verdade, só chegamos à consciência da rotina (do conceito de rotina) quando somos cerceados da liberdade referida acima. É então que ela passa a ser um problema com que temos de lidar. No início desta alteração, comummente, rendemo-nos à rotina. Posteriormente, começamos a ter o condão de a inibir paulatinamente, até que alcançamos uma liberdade semelhante (mas não absolutamente igual) à que outrora tivemos, agora enquadrada com outros parâmetros de responsabilidade.

Do armário das gavetas, talvez não tenha sido explícito. Entenda-se “cada gaveta, um assunto” como “cada gaveta, uma prioridade”. É um risco porque muitos assuntos podem ficar para trás por não chegarem nunca a ser primeira prioridade. Porém, o esquema garante-me que as prioridades principais são tratadas oportunamente e com o máximo de eficácia possível. Passo um período estranho porque, ao contrário do normal, tenho muitas gavetas abertas… forçosamente…
Brisas frescas para todos e bom S. João!

P.s.: Informação de última hora: novo poste no Galga Courelas (http://galga_coirelas.blogs.sapo.pt/): “Turris Babel”

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Olá

Hoje satisfiz a minha gula de FP.

Aqui deixo algo dele:

“Conquistei, palmo a pequeno palmo, o terreno interior que nascera meu.
Reclamei, espaço a espaço, o pântano em que me quedava nulo.
Pari meu ser infinito, mas tirei-me a ferros de mim mesmo.”

A todos um bom S. João
PCat

Anónimo disse...

Boa tarde,
não preciso dizer que ando "fugida"?
Amigos,não estive no meu "pleno" esta asemana.Concretamente,nada se alterou..mas eu estou triste,e pareço um espaço cheio de poçosde ar,que destabilizam a minha posição e andamento.
Vejo muitas coisas a mudarem,satisfaz-me a mudança...mas questiono-me de tudo.Tudo equaciono...e o pânico,esse "gigante adamastor",que o nervosismo desencadeia,tem espreitado,sempre que o sono se avizinha.
Tenho-me controlado na parte física,mas a alma anda pesada!Recorro ao "canto",à casita do caracol.E fico lenta ,envergonhada,resisto a sair.
Dois dias para falar comigo,dois dias para me ouvir...vai resultar.
Confesso que tenho sentido saudades do meu amigo.No seu bom dia,na companhia na minha secretária,na voz que diminui a distância.
Espero por ele.Bom S.João.Bjs para todos.

Anónimo disse...

oi putty, gostei.
"Pari meu ser infinito, mas tirei-me a ferros de mim mesmo."

pelos vistos, isto é mais comum do que se possa imaginar...

Flor: dois dias para te ouvir e para me ouvires. amanhã de tarde passo em tua casa. temos uma noite para caminhar.

bom S. João, para todos!!!!

Brain disse...

Papoila,
Até que enfim! 2 dias fora ?!?!
(e eu que até me "esforcei" para te responder...)
Isso, vai até "outras casas" e "grita para o céu" a plenos pulmões.

Flôr,
Quando não estamos no nosso pleno, é que nos faz bem conversar, não é?
Mas eu compreendo-te, por vezes, precisamos mesmo de conversar com nós próprios, não é? Boas conversas.

Putty,
Gostei da tua leveza esta semana.
Esta dicotomia (Flôr e Papoila vs. Putty) que ocorreu esta semana, é a prova de que todos passamos pelas "nossas marés", não é?

Andarilhus,
Continuo sem conseguir aceder ao teu blog :(

A todos:
A semana passada estive de férias, esta semana foi um retorno algo "atribulado", pelo que o meu tempo não foi muito conseguido.
Para a semana cá estaremos e espero que, todos, em plena força.

Beijos e Abraços.
Um bom S. João!

Anónimo disse...

Com cheirinho ao nosso Porto!
É S.João:

No meio de cheiros,e festa,
Nesse espectaculo de fogo!
Quem dirá que esta mal?
É esta a alma do povo!

Tristezas,apertos e problemas,
A história de tanta gente,
E se amanhã for preciso,
S.João que aguente!

(espanta problemas)
Viva os santos populares.
Bjinhos a todos

Anónimo disse...

E quem sabe FP de cór,
deixe lá de folhear,
Vem pra rua ,aproveite
Vá mas é namorar!

É para ti Putty Cat,
Toma o alho ,e toca andar...
e...pois...toca a martelar :))

Brain e sua Wife,mais o tesouro da casa,
Toca a ir para afarra ,depois da sardinha na brasa!

E nas ruas e ruelas,já sem letras ,com sorrisos,
Passam as duas ninas
perdidas em grandes risos

Quem serão,estas amigas,
com tal disposição,
Uma será a papoila,
A outra não sei não...

E todos em grande farra,
Na busca da alegria,
Três a juntar ao grupo
E a roda se faria!

Parece que estamos todos,
Pelos menos os mais falados,
Faltando que me desculpem,
Os que não foram contados!

Um beijo S.Joanino!!

Brain disse...

Boa Flôr !

Assim, já te "reconheço" !!!!!!

Beijo e bom S.João.

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Bom Dia!

Flor, isso é que é rimar!!
O S. João, este ano deixou-me ficar mal,...
Não pude ir para a festa...
Mas, mais festas virão,e a próxima é já dia dia 29!

Boa semana de trabalho a todos.

Anónimo disse...

Bom dia!
Putty cat,utilizando os temperos que por vezes falas...uma pitada de pimenta...
Pois,pois,muito rimar,pouco "arrimar" :)
Na sexta era assim ,até na peixaria me ri!Parecia que só sabia falar a rimar.
Tive um fsemana muito agradável e inesperado!!Não falei tudo comigo,mas ouvi-me...
Tive uma chamada de atenção ,numa "batida do meu coração"!!!
E ontem de regresso ao lar,li qualquer coisa assim:
"Quero acreditar,que foi à procura da Paz que todos queremos...mas tão poucos encontramos..."
Fim do filme o último samurai.
Também na minha leitura de jornal,a crónica da Margarida,me fez pensar...
Achei-me em "banho maria " de paixão!!!Ninos...não quero!!!
Um beijo e boa semana para todos

Anónimo disse...

Bom dia e boa semana para todos.
Lamento Brain, não me têm relatado esse tipo de dificuldades quanto ao Blog. Este tinha um problema de janelas pop-up, mas já está resolvido.
Quanto mais se avança na demanda, mais se adensa a conclusão, ou conclusões. Levo o barco um pouco à deriva, um pouco à espera da corrente… se chego ao mar sem a minha Rosa dos Ventos, entrego-me nas mãos do destino e descomprometo-me de ter gosto ou vontade… Luto comigo, e a peleja vai rija e sem compaixão pelo moribundo.
Mais um, para o momento:

“Jamais e Sempre: palavras de ontem

Orgulho duro de granito.
Vontade frágil e por vezes serva.
Sonhos perdidos no infinito...
Corpo nu, embebido na erva.

Ciúme indomável e afogueado,
Desejo avassalador e obcecado.
Amor ao ideal floreado
Em paixão independente da razão...

Palavra una e indivisível.
Coração ingénuo e paciente.
Alma a poucos revelada, de susceptível,
Espírito inconsciente...
(….)”
MCMXCVII
JPópulo

... "Olhai os lírios no cmpo..."

Anónimo disse...

"Cúmplices
A noite vem às vezes tão perdida
E quase nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
E tudo o que era fundo fica perto

Nem sempre o chão da alma é seguro
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim do mar que vem do escuro
E tantas vezes o que resta do calor

Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho

Trocamos as palavras mais escondidas
Que só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida
Ou talvez só até amanhecer

Fica tão fácil entregar a alma
A quem nos traga um sopro do deserto
O olhar onde a distância nunca acalma
Esperando o que vier de peito aberto

Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho"

Deixo-vos um pouco de Mafalda Veiga,
Bjs

Anónimo disse...

bom dia.

tenho vindo cá, mas a vontade de falar não é muita.

tenho andado receosa. sempre que as "coisas" correm bem durante algum tempo a queda tem sido enorme.

acho que receio que isso volte a acontecer.

revolta-me o meu comportamento para com certas pessoas. há quem me questione: "porque é que a sua postura profissional é o oposto da sua postura relativamente a certa pessoa?"

tenho que aprender a olhar para certas situações como um parecer que tenho que emitir sobre a valia desse alguém, sobre a valia da atitude desse alguém. pena que se chegue a extremos destes, de permanente desconfiança.

valos lá: toca a "recolher toda a informação, processa-la, emitir parecer e só o comunicar no dia seguinte". parece fácil...

beijos para todos

Anónimo disse...

Bom dia,
Olá Papoila,afastada a nina...
Talvez partilhe algo contigo ,mas que diverge na causa e no efeito!
Vir aqui,e não me apetecer dizer nada,escrever;também me está a acontecer!
No resto...já não tem relação.Agora perco até um pouca da minha identidade.O meu "medo" a dita insegurança,faz com que não veja as pessoas de forma natural e espontânea.Do tipo,não crio interesses(reporto-me ao sexo oposto).
Depois tenho ,o reverso,quando "bato"de frente com alguém que me oferece conteúdo,pareço que descobri um ser diferente,e apaixono-me por tudo!!
Ando perdida dentro de mim...tenho saudades de pessoas,tenho carinho.Tenho umas situações que me mexeram...Apetecia-me "namorar" um bocadito.Estou carente dum mimo bom!
Porque a forma,essa energia,terá de ser renovada.E verde,bem estar,pessoas,conversas;são boas ...Mas,no cantinho ,no espaço limitado por paredes,resto eu...
E EU!Queria ter por perto...o carinho renovador para a minha energia.
Brain,não saiem as palavras,as mãos tornam-se pesadas nas teclas...Dentro de mim,algo me pára para me poupar de desilusões.
O preço destas mudanças,é por vezes deixar-mos de viver por MEDO!
QUE TRISTE ....

Brain disse...

Papoila,
"isto não merece sequer o meu tempo, quanto mais o meu esforço!" Lembras-te? Estou certo que sim.
Mas, se no momento estás bem, isso de facto é o que importante.

Flôr,
Letra espectacular. Nunca fui fã de Mafalda Veiga, nem sabia que ela escrevia tão bem. Mas esta letra, convenceu-me. Acho que vou ficar mais atento a ela.

Papoila e Flor,
Vocês estão a fazer-me lembrar um post que fiz em 26/Abr denominado "Medos e Vontades".

Agora, o facto de dizerem, que vêm aqui e estão sem vontade de escrever, isso já me preocupa, vou reflectir um pouco sobre isso e depois falamos.

Anónimo disse...

eu não me sinto bem brain. sinto-me, como diz a flor, com medo. sempre à espera do que vai acontecer daqui a 1 minuto.

podem dizer-me que assim pelo menos estou alerta e consciente, o que poderá ser bom, para controlar a minha impulsividade.

podem dizer que pelo menos neste momento tenho consciência do que estou a sentir, do que desci (para não dizer caí), do que tenho que reconstruir, etc, etc... (teoria...)

mas mesmo assim continuo com medo, anciosa e com aperto permanente no lado esquerdo...

Anónimo disse...

Sempre que estou mais "fechada",ouço Mafalda.O trabalho,"Na alma e na pele",rodou e rodou lá por casa.AS letras são lindas ,a voz doce e sentida...lindo.
Sem exagerar ,vou enviar mais uma letra e convido-te a ouvir o CD.

"Fim do dia (no lado quente da saudade)

Esperei-te no fim de um dia cansado
À mesa do café de sempre
O fumo, o calor e o mesmo quadro
Na parede já azul poente
Alguém me sorri do balcão corrido
Alguém que me faz sentir
Que há lugares que são pequenos abrigos
Para onde podemos sempre fugir

Da tarde tão fria há gente que chega
E toma um café apressado
E há os que entram com o olhar perdido
À procura do futuro no avesso do passado

O tempo endurece qualquer armadura
E às vezes custa arrancar
Muralhas erguidas à volta do peito
Que não deixam partir nem deixam chegar

O escuro lá fora incendeia as estrelas
As janelas, os olhares, as ruas
Cá dentro o calor conforta os sentidos
Num pequeno reflexo da lua

Enquanto espero percorro os sinais
Do que fomos que ainda resiste
As marcas deixadas na alma e na pele
Do que foi feliz e do que foi triste

Sabe bem voltar-te a ver
Sabe bem quando estás ao meu lado
Quando o tempo me esvazia
Sabe bem o teu braço fechado

E tudo o que me dás quando és
Guarida junto à tempestade
Os rumos para caminhar
No lado quente da saudade"

Brain disse...

Papoila,
O que tu descreves, não é medo, (espero que não interpretes nem "reajas mal" ao que vou dizer) é um estado terror.

E ninguém deve viver aterrorizado com o que quer que seja, porque isso não tem nada de saudável.

Será que tens DE FACTO motivos para isso?
Dificuldades e adversidades, todos temos. Uns mais, outros menos, uns motivados por "acasos" outros por situações que infelizmente têm carácter permanente.
Mas daí a viver aterrorizado... vai uma distância MUITO grande!

A Flôr tem razão, quando diz que tu tens "potencial", e tu sabes que sim.
Tu és muito mais do que medo, dúvidas ou amarguras.
Tu tens força, garra, que demonstras bem em situações de "retaliação". Tens de reverter isso a "teu favor". A favor da fortificação do teu ser interior, por forma a construir uma muralha em redor da tua paz interior, para que ela não seja "facilmente" afectada por elementos externos.

Tens de investir nisso!
Com vontade, com vivacidade, por forma a viveres melhor contigo própria e por inerência com o teu "núcleo familiar" que é TÃO importante!

Diz para ti própria, aquilo que é o teu desejo: EU NÃO QUERO VIVER ASSIM! E investe o teu tempo e esforço, para que assim seja.

Se precisares de algum tipo de ajuda, qualquer que seja, sabes onde o encontrar.

Bj.

Brain disse...

Flôr,
De facto, as letras são mesmo bem conseguidas.

Vou aceder ao teu convite e vou ouvir o CD.

Obrigado,
Bj.

Anónimo disse...

Brain,sugiro que passes no site Mafalda Veiga.Os trabalhos que conheço ,são Tatuagem e Na alma e na pele.
Em Tatuagem,vê "Cada lugar teu".
Digo-te te já ,gosto de todas.
Gorki,esta dedico-te.Vê se voltas...Bjs
Papoila,nestas alturas,a Flôr escolhe Mafalda,M.Bethânia,Caetano,Elis Regina.Gosto de me rever ,em algumas letras.
Também me agrada Susana Félix,e Viviane.Coisas simples,com conteúdo.
Nota-se que estou triste...
Estou de olhos raiados a escrever...que sensivel...
Safa-me aquele ambiente que já comentei...se morrer aqui,só darão por isso por não me levantar para ir para casa,no final do dia!!!
Putty,dá lá um "empurrão".Hoje só de "corda",rebocada mesmo...

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Bom Dia!
Hoje mudei de estilo!
Assim sendo , tomem lá o Almada Negreiros, que tão bem retrata a Loucura.

"Reconhecimento à Loucura

Já alguém sentiu a loucura vestir de repente o nosso corpo?
Já.
E tomar a forma dos objectos?
Sim.
E acender relâmpagos no pensamento?
Também.
E às vezes parecer ser o fim?
Exactamente.
Como o cavalo do soneto de Ângelo de Lima?
Tal e qual.
E depois mostrar-nos o que há-de vir muito melhor do que está?
E dar-nos a cheirar uma cor que nos faz seguir viagem sem paragem nem resignação?
E sentirmo-nos empurrados pelos rins na aula de descer abismos e fazer dos abismos descidas de recreio e covas de encher novidade?
E de uns fazer gigantes e de outros alienados?
E fazer frente ao impossível atrevidamente e ganhar-Ihe, e ganhar-Ihe a ponto do impossível ficar possível?
E quando tudo parece perfeito poder-se ir ainda mais além?
E isto de desencantar vidas aos que julgam que a vida é só uma?
E isto de haver sempre ainda mais uma maneira pra tudo?
Tu Só, loucura, és capaz de transformar
o mundo tantas vezes quantas sejam as necessárias para olhos individuais
Só tu és capaz de fazer que tenham razão tantas razões que hão-de viver juntas.
Tudo, excepto tu, é rotina peganhenta.

Só tu tens asas para dar a quem tas vier buscar."

José de Almada Negreiros

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Nada melhor que uns acessos de Loucura, para sentir uma lufada de ar fresco nos pulmões!

Sejamos também "LOUCOS"!

Eu sou, às vezes! E sinto-me muito melhor.
Se pudesse escolher, e se a minha racionalidade não andasse sempre pousada no meu ombro, seria "louca" todos os dias!

Beijo Papoilinha!

Anónimo disse...

...
"O tempo endurece qualquer armadura
E às vezes custa arrancar
Muralhas erguidas à volta do peito
Que não deixam partir nem deixam chegar"
...
MVeiga

É tão triste querer-se tanto e não conseguir desmanchar os muros... é tão triste morrer-se de amor por não se conseguir produzir estímulo com esse amor...

Anónimo disse...

eu quando escrevi o meu último comentário tinha escrito a seguinte frase para terminar: " e tu flor, não faças comentários de indole médica!!!!"

retirei a frase, mas quem me aterrorizou foste tu brain...

vinha agora dizer-vos que me desculpassem mas que me ía ausentar, pois falar do que tenho andado a sentir faz-me pior...

mas putty ajudaste-me um niquinho com a tua Loucura. Eu por vezes sinto que vou dar em louca, mas a loucura de que tu falas é óptima. já que não podemos fazer a tal lobotomia sejamos loucos...

e tu meu querido andarilhus, mencionaste os versos que eu tb tinha retido quando li essa letra...

somos todos "iguais"...

putty, obrigada
brian, desculpa mas fui sincera...

Brain disse...

Papoila,

Sinceridade é o que eu gosto e sempre peço, acima de tudo!
Agradeço-te pela mesma.

Eu sabia os "riscos" que corria, quando te fiz o comentário e deixei-o bem patente quando o fiz.

Agora, penso que numa amizade não devem existir tabus. Os amigos não são aqueles que nos dizem apenas aquilo que queremos ouvir. São também aqueles que nos dizem o que precisamos de ouvir.

(estou a escrever este comentário, e do lado esquerdo, está um teu comentário. Que diferença! Que diferença de atitude, sobretudo!)

O que te disse, fi-lo com o intuito de que tu própria reflectisses nas palavras, assumisses a "gravidade e os perigos" de te deixares levar pelo caminho que estás a seguir, mais pelos medos do que pelas vontades, em contra-partida a um assumires a ti própria, como mais importante que as situações.

Fui ler o teu comentário ao post "Medos e Vontades" e neste momento, penso que estás um pouco em dessintonia para com ele.

Volta ao teu trilho, ao teu caminho, não deixes que apenas "por ser noite", o mesmo te pareça diferente. O caminho é o mesmo, tu conheces-lo bem, apenas não está iluminado.
Não deixes que isso te pare, te impeça de prosseguir.

Tu tinhas decido ir por ele, por saberes ser o melhor para ti.
Que isso te baste!

Bj

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Sabes, papoila, eu também sou muito impulsiva e quando chego ao meu limite, sou mesmo agressiva e não escolho palavras nem pessoas para "despejar" o que vai aqui por dentro.
Até que um amigo tentou (e ainda tenta) ensinar-me (o que é TÃO dificil) a controlar-me antes de "abrir a boca". Ensinou-me exercicios e tudo!
O problema é na hora H lembrar-me dos exercicios...
No entanto, começo a lembrar-me de "pensar antes e agir depois", e só há uns dias é que descobri isso...
É muito dificil, é quase impossivel para mim. Mas os "quases" também são ultrapassáveis, certo?

É uma questão de se tentar! Eu preciso de muito esforço até para tentar, mas chega-se lá, mais dia menos dia!

Beijo para ti e vamos lá ultrapassar isso!

Anónimo disse...

brain, eu apenas disse o que senti. não quis criticar-te nem fiquei chateada ou qq coisa do género.

apenas o falar no assunto não me tem feito bem, porque faz com que o meu cerebro encaminhe toda a sua energia para esse tema. e isso eu não quero, mas estou com pouca força para por travão.