Hoje,
Apetecia-me voar,
Para fora de mim mesmo,
Libertar-me das amarras do meu ser,
Que me prendem à minha existência,
E ser outro alguém,
Num outro qualquer lugar,
Numa outra qualquer vida.
Se possível me fosse escolher,
Incorporaria o ser de uma baleia,
Que calma e lentamente,
Perscruta o fundo do oceano,
No seu mover,
Sem pressa,
Sem porquês nem razões,
Sem caminhos ou direcções.
Ou então,
O de uma águia,
Que lá do alto,
De onde nenhum outro pássaro chega,
Observa de forma distante,
Mas atenta e com pormenor,
Tudo o que a rodeia,
E que,
Escudada pela grande distância,
Que dos outros a separa,
Escolhe os rumos a seu bel-prazer,
Sem que nada a force,
A uma orientação,
Ou destino específico,
Aproveitando apenas,
Se assim o quiser,
O caminho dos ventos,
Que de uma forma leve e serena,
A fazem planar,
Sem esforço,
Lá no alto,
No cimo de si mesma.
Hoje...
Hoje Apetecia-me!
Num "mundo de loucos", em que as relações interpessoais muitas vezes nos "passam ao lado", vamos, com base nas nossas vivências e alguma imaginação à mistura, fazer deste cantinho um centro de reflexão e de diversão.
quinta-feira, agosto 31, 2006
terça-feira, agosto 29, 2006
Regresso
Por vezes,
Vamos de férias.
Férias do trabalho,
Férias dos locais,
Férias do trânsito,
Férias dos hábitos,
Que no fundo,
Constituem a nossa rotina
E assim,
Conseguimos a fuga,
Ao nosso quotidiano.
No entanto,
As férias acarretam em si,
Também,
Férias das pessoas,
Dos rostos,
Das conversas,
Da convivência,
Com alguns,
Que nelas não nos acompanham,
E que muito prezamos,
E que com essas férias,
Se evidenciam,
Pela falta que deles sentimos,
Pelas saudades que eles nos deixam.
E no regresso,
O reencontro,
Caloroso,
Afável,
Lembra-nos o quão bom,
É estar com eles,
O quão bom é falar com eles,
O quão bom é tê-los,
“Do lado de lá”,
Ali,
Onde os deixamos,
Ali,
Onde agora,
De novo,
Os encontramos.
No regresso,
De sentimentos refeitos,
E alma limpa,
Revivem-se sentimentos,
Apaziguam-se saudades,
E no fundo,
Bem lá no fundo,
Começam-se já,
A desenvolver,
As saudades,
Das férias futuras.
Meus amigos,
Regressado de férias,
É bom,
Encontrar-vos a todos,
Resistentes,
Aqui reunidos,
Neste cantinho.
Beijo sentido para elas,
E abraço apertado a todos,
Um a um,
Individualmente!
Vamos de férias.
Férias do trabalho,
Férias dos locais,
Férias do trânsito,
Férias dos hábitos,
Que no fundo,
Constituem a nossa rotina
E assim,
Conseguimos a fuga,
Ao nosso quotidiano.
No entanto,
As férias acarretam em si,
Também,
Férias das pessoas,
Dos rostos,
Das conversas,
Da convivência,
Com alguns,
Que nelas não nos acompanham,
E que muito prezamos,
E que com essas férias,
Se evidenciam,
Pela falta que deles sentimos,
Pelas saudades que eles nos deixam.
E no regresso,
O reencontro,
Caloroso,
Afável,
Lembra-nos o quão bom,
É estar com eles,
O quão bom é falar com eles,
O quão bom é tê-los,
“Do lado de lá”,
Ali,
Onde os deixamos,
Ali,
Onde agora,
De novo,
Os encontramos.
No regresso,
De sentimentos refeitos,
E alma limpa,
Revivem-se sentimentos,
Apaziguam-se saudades,
E no fundo,
Bem lá no fundo,
Começam-se já,
A desenvolver,
As saudades,
Das férias futuras.
Meus amigos,
Regressado de férias,
É bom,
Encontrar-vos a todos,
Resistentes,
Aqui reunidos,
Neste cantinho.
Beijo sentido para elas,
E abraço apertado a todos,
Um a um,
Individualmente!
sexta-feira, agosto 04, 2006
Férias

Caros amigos... durante as próximas 3 semanas, estarei de férias!
Por isso as minhas visitas não serão tão assíduas.
Não deixem no entanto na minha ausência, de fazer deste o "nosso cantinho", que da minha parte, de vez em quando, cá virei "dar uma espreitadela".
Um beijo e abraço a todos,
Vemo-nos "por aí"!
História de um Amor desencontrado
Nas memórias de um passado recente,
Encontrei-te, paixão que então não vira,
Delas te arranquei, fazendo-te presente,
Voltando para ti todo um querer,
Que com o tempo vi, que não expira.
Sobre ti investi o meu ser,
Despindo-me das minhas barreiras,
Entregando-me até mais não poder,
Ultrapassando todas as minhas fronteiras.
E com passar dos dias senti,
Nos ventos que do mar sopravam,
Um calor que em mim já ardia,
Mas que do teu coração,
E na minha direcção,
Simplesmente, não se reflectia.
E com toda a minha vontade,
Com uma força de dimensão tal,
Sobre ti sucessivamente investia,
De ti ansiando, por aquele sinal.
Mas o tempo foi passando,
E esse sinal foi tardando.
E apesar do cansaço,
Que de mim se foi apoderando,
Eu prosseguia e insistia,
Diversos caminhos calcorreando,
Numa vontade contínua,
Que até a mim surpreendia.
E a força do sentir dava-me alento,
Levando-me a apreciar cada momento,
De tudo quanto contigo eu vivia,
Tendo por certo que,
Ficar ao teu lado,
Era tudo o que eu mais queria.
Mas o tempo foi passando,
E o sinal foi tardando.
Até que,
Na surpresa de um momento,
Eu vi em ti, aquilo que eu sentia,
Mas que para meu descontento,
Não era para mim que reflectia.
E assim,
Quando o tempo passou,
O tão esperado sinal,
Sem qualquer significado ficou.
Agora,
No lento passar dos meus dias,
Vejo que de ti tive o que queria,
Mas que numa partida de vida,
Não teve a atenção merecida.
E agora que o tempo passou,
Eu não sei se a espera compensou,
Pois o meu coração não sossegou,
E o fogo que no meu peito ardia,
Na realidade apenas me consumia.
E sem que no meu sentir,
Se reflicta a calma da trégua,
Numa realidade que sendo só minha,
Por entre campos de névoa,
Todo o meu ser caminha,
Á procura de um raio de luz,
Nesta minha realidade,
Para a qual eu me transpus.
E aqui, no meu pensar,
Uma dúvida teima insistentemente em ficar,
Se agora sou eu,
Que quero e/ou devo,
Por ti continuar a esperar.
A resposta ainda não a sei,
No meu sentir ela não é clara,
Pois, ainda sinto os teus abraços,
Ainda deténs em mim espaços,
Que nunca atitude que em mim é rara,
Para ti os abri, em actos não escassos.
Mas no final de tudo isto,
Há algo que penso ficar,
Que para dizer em pleno “eu existo”,
Não devo voltar a adiar o amar!
Encontrei-te, paixão que então não vira,
Delas te arranquei, fazendo-te presente,
Voltando para ti todo um querer,
Que com o tempo vi, que não expira.
Sobre ti investi o meu ser,
Despindo-me das minhas barreiras,
Entregando-me até mais não poder,
Ultrapassando todas as minhas fronteiras.
E com passar dos dias senti,
Nos ventos que do mar sopravam,
Um calor que em mim já ardia,
Mas que do teu coração,
E na minha direcção,
Simplesmente, não se reflectia.
E com toda a minha vontade,
Com uma força de dimensão tal,
Sobre ti sucessivamente investia,
De ti ansiando, por aquele sinal.
Mas o tempo foi passando,
E esse sinal foi tardando.
E apesar do cansaço,
Que de mim se foi apoderando,
Eu prosseguia e insistia,
Diversos caminhos calcorreando,
Numa vontade contínua,
Que até a mim surpreendia.
E a força do sentir dava-me alento,
Levando-me a apreciar cada momento,
De tudo quanto contigo eu vivia,
Tendo por certo que,
Ficar ao teu lado,
Era tudo o que eu mais queria.
Mas o tempo foi passando,
E o sinal foi tardando.
Até que,
Na surpresa de um momento,
Eu vi em ti, aquilo que eu sentia,
Mas que para meu descontento,
Não era para mim que reflectia.
E assim,
Quando o tempo passou,
O tão esperado sinal,
Sem qualquer significado ficou.
Agora,
No lento passar dos meus dias,
Vejo que de ti tive o que queria,
Mas que numa partida de vida,
Não teve a atenção merecida.
E agora que o tempo passou,
Eu não sei se a espera compensou,
Pois o meu coração não sossegou,
E o fogo que no meu peito ardia,
Na realidade apenas me consumia.
E sem que no meu sentir,
Se reflicta a calma da trégua,
Numa realidade que sendo só minha,
Por entre campos de névoa,
Todo o meu ser caminha,
Á procura de um raio de luz,
Nesta minha realidade,
Para a qual eu me transpus.
E aqui, no meu pensar,
Uma dúvida teima insistentemente em ficar,
Se agora sou eu,
Que quero e/ou devo,
Por ti continuar a esperar.
A resposta ainda não a sei,
No meu sentir ela não é clara,
Pois, ainda sinto os teus abraços,
Ainda deténs em mim espaços,
Que nunca atitude que em mim é rara,
Para ti os abri, em actos não escassos.
Mas no final de tudo isto,
Há algo que penso ficar,
Que para dizer em pleno “eu existo”,
Não devo voltar a adiar o amar!
quinta-feira, agosto 03, 2006
Estavas Sentado...
Para partilhar, especialmente contigo: Papoila.
Estavas sentado e havia uma paisagem agreste
nos teus olhos: as nuvens a prometerem chuva,
os espinheiros agitados com a erosão das dunas,
um mar picado, capaz de todos os naufrágios.
O teu silêncio fez estremecer subitamente a casa -
era a força do vento contra o corpo do navio; uma
miragem fatal da tempestade; e o medo da tragédia;
a ameaça surda de um trovão que resgatasse a ira
dos deuses com o mundo. Quando te levantaste,
disseste qualquer coisa muito breve que me feriu
de morte como a lâmina de um punhal acabado
de comprar. (Se trovejasse, podia ser um raio
a fracturar a falésia no espelho dos meus olhos.)
Hoje, porém, já não sei que palavras foram essas -
de um temporal assim recordam-se sobretudo os despojos
que as ondas espalham de madrugada pelas praias.
(Maria do Rosário Pedreira)
Estavas sentado e havia uma paisagem agreste
nos teus olhos: as nuvens a prometerem chuva,
os espinheiros agitados com a erosão das dunas,
um mar picado, capaz de todos os naufrágios.
O teu silêncio fez estremecer subitamente a casa -
era a força do vento contra o corpo do navio; uma
miragem fatal da tempestade; e o medo da tragédia;
a ameaça surda de um trovão que resgatasse a ira
dos deuses com o mundo. Quando te levantaste,
disseste qualquer coisa muito breve que me feriu
de morte como a lâmina de um punhal acabado
de comprar. (Se trovejasse, podia ser um raio
a fracturar a falésia no espelho dos meus olhos.)
Hoje, porém, já não sei que palavras foram essas -
de um temporal assim recordam-se sobretudo os despojos
que as ondas espalham de madrugada pelas praias.
(Maria do Rosário Pedreira)
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