sexta-feira, agosto 04, 2006

História de um Amor desencontrado

Nas memórias de um passado recente,
Encontrei-te, paixão que então não vira,
Delas te arranquei, fazendo-te presente,
Voltando para ti todo um querer,
Que com o tempo vi, que não expira.

Sobre ti investi o meu ser,
Despindo-me das minhas barreiras,
Entregando-me até mais não poder,
Ultrapassando todas as minhas fronteiras.

E com passar dos dias senti,
Nos ventos que do mar sopravam,
Um calor que em mim já ardia,
Mas que do teu coração,
E na minha direcção,
Simplesmente, não se reflectia.

E com toda a minha vontade,
Com uma força de dimensão tal,
Sobre ti sucessivamente investia,
De ti ansiando, por aquele sinal.

Mas o tempo foi passando,
E esse sinal foi tardando.

E apesar do cansaço,
Que de mim se foi apoderando,
Eu prosseguia e insistia,
Diversos caminhos calcorreando,
Numa vontade contínua,
Que até a mim surpreendia.

E a força do sentir dava-me alento,
Levando-me a apreciar cada momento,
De tudo quanto contigo eu vivia,
Tendo por certo que,
Ficar ao teu lado,
Era tudo o que eu mais queria.

Mas o tempo foi passando,
E o sinal foi tardando.

Até que,
Na surpresa de um momento,
Eu vi em ti, aquilo que eu sentia,
Mas que para meu descontento,
Não era para mim que reflectia.

E assim,
Quando o tempo passou,
O tão esperado sinal,
Sem qualquer significado ficou.

Agora,
No lento passar dos meus dias,
Vejo que de ti tive o que queria,
Mas que numa partida de vida,
Não teve a atenção merecida.

E agora que o tempo passou,
Eu não sei se a espera compensou,
Pois o meu coração não sossegou,
E o fogo que no meu peito ardia,
Na realidade apenas me consumia.

E sem que no meu sentir,
Se reflicta a calma da trégua,
Numa realidade que sendo só minha,
Por entre campos de névoa,
Todo o meu ser caminha,
Á procura de um raio de luz,
Nesta minha realidade,
Para a qual eu me transpus.

E aqui, no meu pensar,
Uma dúvida teima insistentemente em ficar,
Se agora sou eu,
Que quero e/ou devo,
Por ti continuar a esperar.

A resposta ainda não a sei,
No meu sentir ela não é clara,
Pois, ainda sinto os teus abraços,
Ainda deténs em mim espaços,
Que nunca atitude que em mim é rara,
Para ti os abri, em actos não escassos.

Mas no final de tudo isto,
Há algo que penso ficar,
Que para dizer em pleno “eu existo”,
Não devo voltar a adiar o amar!

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá Brain,

Vale sempre a pena escrever, ler sobre "história de um amor"... é lindo e todos devem lutar pela sua..
mas quando o amor de um termina, ao outro só resta ter que aprender a vencer a dor e o vazio dificil de preencher...

Vim espreitar especialmente para te desejar uma BOAS FERIAS!!
Beijinhos

Brain disse...

Obrigado Divina.