Sabes Amor, há coisas que não te sei explicar.
O sorriso que me provoca um raio de sol num fio do teu
cabelo. O arrepio que me percorre quando me invades com o olhar. A poesia que
sempre encontro espalhada no teu ventre. E até a razão que existe entre a
distância dos teus lábios e a ponta dos meus dedos. Em carinho. Em Amor. Até ao
fim do toque. Para o beijo. Em braços. Em corpos.
São vários os mistérios para os quais não tenho resposta.
Sei que no alto do meu desejo, te quero sem medida. Que
estás no final de todos os meus sonhos. Que encontro sinais de ti até onde não
estás. Sem surpresa. Mas (sempre) em encantamento. Sei que é no teu beijo que melhor
me encontro. Na tua pele que mais existo. E que é na tua voz, em profundo, em
sussurro, em delírio, que mais gosto de ouvir a palavra que me nomeia. No final
dos meus dias, todos, em que durante os seus momentos, formulo loucuras com as
sílabas do teu nome. Porque todo este esplendor. Que não passa. Porque todo
este vislumbre. Que não cessa. Porque todo este ardor. Que não termina. Nunca.
Em calor. Contínuo.
Por isso, Meu Amor, não me peças explicações para Ti.
Porque nós não somos explicáveis. Nós existimos(-nos). Não
somos justificáveis. Nós somos(-nos). Temos(-nos). Sem necessidade de explicações.
Sem necessidade de justificações. E tudo ocorre em normal anormalidade. Porque
assim é. Porque assim tem de ser.
Até ao limite, do todo, de cada um de nós.
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