sábado, novembro 11, 2023

TODOS OS BEIJOS

Todos os beijos nascem no teu olhar.

São inconfidências de silêncios que os nossos olhos trocam e que os lábios não dizem, por não saberem soletrar sozinhos a palavra Amor. E no entanto sorriem. Sorriem porque guardam dentro de si o sabor de todos os beijos. De todos os encontros dos nossos mais profundos íntimos, que se soltam, nas carícias das línguas quando nas nossas bocas se amam.

E nas vezes em que a boca é incapaz de conter o beijo, em que ele explode para fora si mesmo, como quem quer mover todas as palavras num único instante para o íntimo da pele do outro, nessas vezes, o beijo transborda. Então, deposito os meus lábios naquela curva interior do teu pescoço, no ponto onde guardas os segredos dos teus arrepios e, suavemente, em bicos de esmalte, mordo-te a pele como quem diz Desejo.

E aquando das distâncias sem perdão, que impedem a permanência da chama que a tua língua provoca na minha. Que impedem o meu corpo de encontrar o teu. Que nos castram (todos) os nossos momentos pela ausência. Nessas, é sempre a memória do teu beijo que em mim persiste. Como luz. Sinal de existência. Farol de caminho.

Por isso eu beijo-te Meu Amor. E quero beijar-te sempre!
Em todas as imagens dos teus olhos. Em todas as palavras da tua boca. Em todos os gestos do teu corpo. Em Ternura. Em Calor. Em Húmido. Em Vontade. Em Profundidade. Em loucura.

Em tudo aquilo que seja capaz de te transmitir,
o quanto eu te Amo!

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