Vazio das tuas mãos, todo o tempo é um lugar inóspito.
Existes em mim em todos os momentos, mas somos feitos de distâncias que por
vezes parecem intransponíveis. É então que somos como que um acto de fé.
Pequenas ilhas. Absolutamente líquidas. Cuja base mais firme é a âncora de um
barco à deriva. Feito eu.
Quero ser continente. Preso a ti sob a base do teu chão.
Que me sejas terra. Ar. A outra metade que sustenta as minhas insuficiências. Me
assegura os caminhos e impede que me perca. Por não os teus dedos em mim.
Agarrando-me e fazendo-me teu. Por não as tuas mãos em
mim. Percorrendo-me e dizendo-te minha.
Quero ser fogo. Sempre. Percorrer o sabor da tua voz na magia dos sussurros. Dos
descontrolos impossíveis. Em contínuo. Ter o teu pescoço como farol. Que me
orienta para a tua boca. Para nela me perder numa medida que número nenhum é
capaz de dizer. Infinito de paixão. No qual tudo cabe. Sem medida. Ou sequer
escala.
Quero contigo ser, e não apenas existir.
Acompanhas-me?
Num "mundo de loucos", em que as relações interpessoais muitas vezes nos "passam ao lado", vamos, com base nas nossas vivências e alguma imaginação à mistura, fazer deste cantinho um centro de reflexão e de diversão.
sábado, outubro 21, 2023
ELEMENTOS
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